O grupo dos países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul aprovou o convite a seis novas nações para integrar o bloco: Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
Mas qual é o interesse de cada um desses países ao participar do Brics? E o que ganham os antigos integrantes com a chegada das novas nações?
Lista de espera
Ao todo, 23 países pediram para entrar no grupo, como Bangladesh, Marrocos, Belarus, Cazaquistão, Honduras, Cuba e Nigéria. Porém, alguns vão ter que esperar. Para ingressar no bloco, é necessária a formalização do pedido de adesão. Um dos membros tem que convidar o país interessado a fazer parte, e os outros devem aprovar essa entrada. Somente os seis entrantes tiveram a participação aprovada e devem se unir ao grupo em 2024.
Ainda que os interesses econômicos sejam prioridade, a nova formação do Brics recebeu muitas críticas em razão da entrada de países autocráticos. Das 11 nações que agora formam o bloco, cinco (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Egito e China) são consideradas autocracias — regime político em que o governante detém o poder — e já foram acusadas de violações graves aos direitos humanos.
Fontes: Estadão, IPEA, CNN, BBC E G1.
Números do atual Brics
Palavra do criador
“Estou quase a ponto de dizer que o Brics acabou”, afirmou Jim O’Neill, economista e criador do termo Bric, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Para ele, a nova formação dificultará o consenso e não trará benefício para o grupo.
Como surgiu o Brics
O termo Bric (que tem a mesma pronúncia que brick, tijolo em inglês) foi cunhado, em 2001, por O’Neill, quando era economista-chefe do banco Goldman Sachs. Em um estudo, ele listava quatro países emergentes que poderiam liderar o crescimento econômico mundial. O grupo foi batizado com as iniciais de Brasil, Rússia, Índia e China. Anos depois, em 2006, o bloco foi criado de fato. Em 2010, a África do Sul se juntou à turma, e o S de South Africa (nome da nação em inglês) foi acrescentado.