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Donald Trump tomou posse, no dia 20 de janeiro, da presidência dos Estados Unidos (EUA). No primeiro discurso como presidente, Trump reafirmou o combate à imigração ilegal e revogou diversos decretos que haviam sido assinados pelo antecessor, Joe Biden.
Assim como havia feito no primeiro mandato que exerceu, Trump voltou a retirar os EUA do Acordo de Paris, que trata das mudanças climáticas. Além disso, prometeu aumentar a produção de petróleo e eliminar os subsídios para compra de carros elétricos.
Sobre a imigração ilegal, o presidente norte-americano declarou: “Toda entrada ilegal será imediatamente impedida, e iniciaremos processo de devolução de milhões de imigrantes ilegais a seu país de origem. Restabeleceremos a política do ‘fique no México’ e porei em prática a lei de prender e deportar. Tropas serão enviadas para o sul para dificultar a entrada em nosso país. Além disso, vou designar os cartéis [de drogas] como organizações terroristas internacionais”.
Economia e comércio
Com foco na proteção dos trabalhadores norte-americanos, Trump anunciou que implantará tarifas para produtos importados, reforçando seu discurso contra a globalização e em favor de uma economia nacionalista. “Em vez de tributar nossos cidadãos, estabeleceremos tarifas para outros países. A ‘era de ouro’ dos EUA começa agora”, declarou.
Política interna e externas
Trump prometeu tomar de volta o Canal do Panamá, que classificou como “um presente norte-americano jamais valorizado”. Ele criticou sobretaxas aplicadas a navios dos EUA e a influência da China na operação do canal.
Em relação à política doméstica, o presidente condenou o sistema de saúde e a educação, que, segundo ele, “fazem os norte-americanos odiarem o próprio país”. Também reiterou sua oposição à “ideologia de gênero”, afirmando que “há apenas dois gêneros: masculino e feminino” e que sua gestão será baseada no mérito, sem considerar raça ou gênero.
“Era de ouro”
Trump concluiu o discurso de posse prometendo restaurar a confiança do povo norte-americano e reposicionar os EUA como a nação mais poderosa e respeitada do mundo. Ele afirmou que seu governo focará na liberdade de expressão e na superação do que classificou como “um estado das coisas corrupto e radical”.
“Minha vida foi salva para tornar os EUA grandes novamente”, declarou, em referência ao atentado que sofreu durante a campanha eleitoral.
O novo mandato promete ser marcado por uma agenda polarizadora, com prioridades que refletem a visão de Trump de um país voltado para dentro e protegido de influências externas. A reação internacional e a mobilização política interna serão decisivas para determinar os rumos dessa nova fase da presidência Trump.
Fonte: Agência Brasil.