6 mins

Tremor no Marrocos devasta o país e deve impactar a economia local

Um terremoto histórico matou milhares de pessoas e destruiu cidades do país
11 de setembro de 2023 em Internacional
Foto: Getty Images

No dia 8 de setembro, um terremoto de magnitude 6,8, o mais forte em 120 anos, matou mais de 2,1 mil pessoas, deixou centenas desaparecidas e afetou cerca de 300 mil em Marrocos, segundo o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários.

O desastre atingiu a cordilheira Alto Atlas, próxima a Marrakech, cidade turística que concentra grande número de habitantes, e diversos pequenos vilarejos. Este é considerado o tremor mais letal da região desde 1960.

O país, localizado no norte da África, possui 37 milhões de habitantes e atrai a atenção de investidores que apostam principalmente na econômica de Marrakech, alavancada pelo turismo e comércio. Especialistas afirmam que é difícil mensurar os danos totais causados pelo terremoto neste momento, mas que os impactos do fenômeno já são perceptíveis.

A força do turismo

O turismo é um setor crucial para a economia marroquina. Em 2022, mais de 10,9 milhões de pessoas visitaram o país. Entre os destinos mais visitados está Marrakech, uma das áreas atingidas pelo terremoto. Grande parte do centro histórico da cidade, considerado patrimônio mundial pela Unesco, foi afetado pelo tremor.

Próximo à cidade turística, há vilarejos que sobrevivem por meio da agricultura. O setor viveu um período complexo de seca nos últimos dois anos e agora está devastado.

“O terremoto provavelmente não afetará a economia do Marrocos como um todo, mas prejudicará a economia local, especialmente as muitas aldeias que vivem do turismo nos arredores de Marrakech e a própria cidade”, disse Rachid Aourraz, chefe de pesquisa do Instituto Mipa, ao Valor Econômico.

O cenário econômico

Antes do desastre, a meta de crescimento do país era de 3,4% em 2023 e havia um desejo de redução do déficit fiscal do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,5% no próximo ano.

Diante do atual cenário, para além das metas econômicas, será necessária uma reconstrução em larga escala das áreas afetadas, fato que, segundo especialistas, aumenta ainda mais a pressão sobre uma economia já abalada.

Marrakech será sede das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que serão realizadas de 9 a 15 de outubro. Desde 2022, a cidade se prepara para receber diversas autoridades para o evento, que não sofreu alteração até o momento.

Fonte: Valor Econômico, G1 e Fundo Monetário Internacional.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

Já tem cadastro?

Acesse!

Não tem cadastro?

Assine!