O número de pessoas desocupadas no Brasil caiu no mês de julho, chegando a 9,9 milhões. É o menor número desde janeiro de 2016. Os dados foram divulgados no dia 31 de agosto, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A queda foi de 12,9% na comparação com a taxa registrada em abril e 31,4% menor do que a apurada no mesmo período do ano passado. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado subiu 1,6%, chegando a 35,8 milhões. Já o índice de empregados sem carteira assinada bateu recorde, chegando a 13,1 milhões de pessoas. É o maior número desde que o IBGE iniciou esse modelo de contagem, em 2012.
Indicador/período | Julho 2022 | Abril 2022 | Julho 2021 |
Taxa de desocupação | 9,1% | 10,5% | 13,7% |
Rendimento | R$ 2.693 | R$ 2.618 | R$ 2.773 |
Variação do rendimento em relação a | – | 2,9% | -2,9% |
O que os dados de emprego revelam sobre a economia
A taxa de ocupação sinaliza o aquecimento ou desaquecimento da economia. Quando as empresas estão otimistas com o futuro, investem mais e contratam mais mão de obra. Por outro lado, quando começa a bater o pessimismo e um medo em relação ao futuro, elas tendem a evitar novas contratações. Em alguns casos, quando as vendas começam a cair, alguns negócios optam pela demissão dos empregados.
Sendo assim, quando o desemprego cai, é sinal de que a economia está crescendo. E quando aumenta, indica que a economia pode estar desacelerando.
Pudemos ver bem esse movimento durante e após a pandemia. Entre 2020 e 2021, quando algumas empresas fecharam as portas, o percentual de pessoas desocupadas chegou a 14,8%. Logo após o retorno das atividades, alguns negócios voltaram a contratar, fazendo a taxa cair pouco a pouco, chegando aos 9,1% registrados agora.
Quanto à renda, a pesquisa do IBGE revela que o rendimento médio real do brasileiro ficou em R$ 2.693 em julho, valor um pouco acima do registrado em abril, que foi de R$ 2.618.