A décima edição do festival de música Lollapalooza Brasil será nos dias 24, 25 e 26 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Desta vez, o line-up está ainda mais eclético, mesclando artistas nacionais, internacionais, de todas as idades, gêneros e estilos musicais. Essa foi a aposta da organização para fazer da décima edição a maior no Brasil. Este ano marca a força da presença de artistas femininas, que alcançam sua maior participação, representando 44% das atrações.
Mas a expectativa de grandes números não é exclusividade dos organizadores do evento — todos que se preocupam com a economia da cidade estão de olho no Lollapalooza.
Em 2022, o festival movimentou 421,8 milhões de reais em São Paulo, superando em quatro vezes a expectativa de 100 milhões de reais, segundo levantamento do Observatório de Turismo e Eventos da SPTuris. Sozinhos, os turistas movimentaram 123 milhões de reais, com hospedagem, alimentação, transporte e compras, sem contar os demais gastos da produção e estrutura do evento.
Cerca de 300 mil pessoas passaram pelo festival ao longo dos três dias. Destas, 33,7% eram turistas, que, em média, permaneceram quatro dias na cidade, com gasto médio de 1.645,62 reais durante esse período.
Segundo pesquisa divulgada pela organização do festival, 81,7% do público presente na edição passada pretendia voltar em edições futuras. Essa resposta anima os setores de comércio e serviços para um novo recorde na edição que está prestes a começar.
A maior expectativa para este ano é do setor hoteleiro. Um levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Indústria de Hotéis de São Paulo (Abih) mostra uma estimativa de que 80% dos hotéis da cidade estarão ocupados no fim de semana do festival. A maior procura é por hospedagem na zona sul de São Paulo, próxima ao Autódromo de Interlagos, local onde ocorrerá o Lollapalooza.
Geração de empregos e práticas sustentáveis
Esperando mais de 300 mil pessoas durante os três dias de festival, o Lollapalooza Brasil fez uma parceria para lidar com as dezenas de toneladas de resíduos produzidos ao longo do evento, priorizando uma edição sustentável e de impacto positivo para o ecossistema ambiental da cidade de São Paulo.
Segundo Monique Viana, head de ESG da T4F, empresa responsável pelo festival, cerca de 45 toneladas de lixo orgânico, 100 de lixo reciclável e 35 de resíduos que não podem ser reaproveitados devem ser no fim de semana do evento.
Para cuidar da coleta e do descarte correto do lixo, a organização contratou a consultoria Casa Causa, especialista em gestão de resíduos. Monique afirma que cerca de 70% da renda gerada pelo trabalho de coleta e descarte do lixo retorna para a economia local, já que a maioria dos trabalhadores da cooperativa é da região em que o evento será realizado.
Os números oficiais de público, consumo e gastos devem ser divulgados após o festival, mas espera-se que esta edição, assim como as anteriores, reforce o caixa da economia paulistana em milhões de reais — e leve muita diversão ao fãs de música.