No dia 31 de agosto, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o PIB brasileiro cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2022 (abril a junho), na comparação com os três meses anteriores (janeiro a março). Se comparado com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 3,2%. Em valores, a economia brasileira chegou a R$ 2,4 trilhões.
Esse número costuma mobilizar o noticiário econômico por sua importância. O PIB é o Produto Interno Bruto de um país. É o índice usado por todas as nações para entender se a economia está crescendo e quanto está crescendo. Mundialmente, é reconhecido como um indicador da riqueza de um país.
Quando o PIB cresce, é sinal de que a economia está indo bem e a produção e o consumo estão em alta. Já uma queda no PIB geralmente indica redução na atividade econômica.
O que entra na conta do PIB
Para chegar a esse número, o IBGE considera o desempenho de quatro setores: agropecuária, indústria, serviços e consumo das famílias.
Agropecuária – toda a produção agrícola e pecuária, incluindo as importações.
Indústria – engloba a produção das fábricas, a construção de casas e prédios, o fornecimento de energia elétrica, telefonia e internet, entre outros.
Serviços – aqui entram atividades como salão de beleza, restaurantes, escolas e comércio em geral, que prestam serviços ao consumidor. Este é o setor que mais movimenta recursos e tem grande impacto sobre o PIB.
Consumo das famílias – diz respeito a quanto as famílias e o governo gastam.
O resultado apresentado no dia 31 mostra que houve crescimento em todos os setores nos últimos três meses, o que é positivo para a economia. O consumo das famílias teve alta de 2,6% na comparação com o trimestre anterior e de 5,3%, levando em conta o mesmo período de 2021. Segundo o IBGE, esse indicador atingiu o maior patamar da série histórica do PIB, que foi iniciada em 1996.
A agropecuária, que havia registrado queda de 0,9% no primeiro trimestre (comparando com o período anterior), registrou alta de 0,5% entre abril e junho.
A indústria cresceu 2,2% na comparação com o primeiro trimestre. Foi a taxa positiva mais alta para o setor desde o terceiro trimestre de 2020. Segundo o IBGE, essa evolução se deve aos desempenhos positivos de 3,1% na atividade de eletricidade e gás, água e esgoto, de 2,7% na construção, de 2,2% nas indústrias extrativas e de 1,7% nas indústrias de transformação.
O consumo das famílias foi para 2,6%. Foi a maior alta desde o quarto trimestre de 2020, que registrou crescimento de 3,1%. Já o consumo do governo caiu 0,9%. “A alta do consumo das famílias está relacionada à volta do crescimento dos serviços prestados às famílias, em decorrência dos serviços presenciais que estão com a demanda represada na pandemia. Um reflexo disso é o aumento no preço das passagens aéreas, uma consequência do crescimento da demanda”, explicou Rebeca Palis, coordenadora de contas nacionais do IBGE.
Comparação com o mundo
O crescimento de 1,2% colocou o Brasil na décima segunda colocação no ranking de crescimento dos países. Ficamos à frente de China e Estados Unidos, que registraram números negativos no segundo trimestre. A maior alta da atividade econômica foi registrada na Islândia, onde o PIB cresceu 3,9%. Confira a classificação na tabela abaixo.
País | Taxa de crescimento (%) |
Islândia | 3,9 |
Indonésia | 3,7 |
Malásia | 3,5 |
Holanda | 2,6 |
Colômbia | 1,5 |
Brasil | 1,2 |
Reino Unido | -0,1 |
Estados Unidos | -0,1 |