Você já se perguntou por que algumas pessoas conseguem transformar adversidades em excelentes oportunidades? Existem numerosos casos de indivíduos que enfrentaram grandes desafios, sobreviveram, ousaram, prosperaram e mudaram seu destino.
Alguns exemplos são: Silvio Santos, que evoluiu de camelô no Rio de Janeiro a magnata da mídia brasileira, com o SBT; J. K. Rowling, que superou a depressão, a pobreza e inúmeras rejeições editoriais antes de fascinar o mundo com Harry Potter; Geraldo Rufino, que se levantou da vida de catador de latinhas para se tornar fundador da JR Diesel, líder no setor de reciclagem de peças de caminhões no Brasil, entre muitos outros.
O que une todas essas histórias? Essas pessoas compartilham coragem para mudar, fé em um futuro melhor e, crucialmente, disposição para enfrentar riscos em busca de recompensas maiores. Hoje, vamos explorar mais a fundo estes conceitos: risco e recompensa.
Desde os tempos mais primitivos, os seres humanos têm enfrentado perigos e incertezas. Na antiguidade, a busca por alimentos não era apenas uma necessidade, e sim um pré-requisito para a sobrevivência, envolvendo riscos significativos, como o de ser devorado por predadores.
No livro Desafio dos Deuses: a Fascinante História do Risco, Peter Bernstein explora como a percepção e a gestão do risco influenciaram a formação das sociedades desde esses tempos remotos. Ele destaca que a capacidade de decidir sobre quando e como enfrentar perigos foi determinante não só para a sobrevivência humana, como também para a evolução e prosperidade ao longo do tempo.
Além disso, sob a ótica da cultura chinesa, a reflexão sobre risco e recompensa ilustra como os momentos de crise podem ser vistos como desafios e, também, portas para crescimento e aprimoramento. Na língua chinesa, a palavra usada para “crise” combina os caracteres que significam tanto “risco” como “oportunidade” e nos permite pensar sobre uma dualidade intrínseca: será que cada instante de dúvida é também um convite para a transformação? Comente conosco sua opinião e vamos expandir essa discussão.
Já no universo dos investimentos, risco tem uma importância fundamental e uma literatura vastíssima. Essencialmente, o conceito de risco está ligado à flutuação do valor do investimento ao longo do tempo. Quanto maior for a amplitude das variações dos preços dos ativos, maior é o risco associado a eles, fenômeno frequentemente chamado de volatilidade. Dentro do contexto da renda variável, particularmente no mercado de ações negociadas nas bolsas de valores, a volatilidade é uma das protagonistas.
Para o investidor, é de suma importância compreender plenamente o nível de volatilidade com o qual se sente confortável, bem como possuir conhecimento sobre os detalhes do investimento em questão. É dessa maneira que ele vai conseguir discernir, em momentos de crise ou alta volatilidade do mercado, se determinada aplicação pode representar um risco ou, ao contrário, uma oportunidade de investimento.
Falar sobre risco é instigante, convidativo e, sobretudo, reflexivo em relação às escolhas que fazemos. Em encontros futuros, explorarei diferentes aspectos desse tema, desde a diversificação de portfólios entre renda fixa e renda variável até ferramentas que ajudam a quantificar o risco para auxiliar futuras decisões. Essa abordagem introdutória de hoje ratifica como, no decorrer dos séculos, enfrentar riscos tem sido uma constante na busca humana pelo progresso e pela inovação.
Os ensinamentos de Bernstein sobre a evolução da percepção de risco nos explicam que as maiores conquistas vêm frequentemente acompanhadas de desafios significativos. Diante disso, convido você a refletir sobre as oportunidades que podem surgir dos riscos em sua própria vida.
Quais desafios você está disposto a enfrentar para transformar seu futuro? A resposta a essa pergunta pode ser o primeiro passo na sua jornada de sucesso e transformação.
Um forte abraço e até a próxima!