Se você e sua família circulam por mercados, devem ter notado que, apesar de o preço de alguns produtos permanecer o mesmo, as embalagens estão cada vez menores.
Essa é a chamada reduflação, a redução do tamanho e/ou da quantidade de um item, porém sem alteração no preço. Essa é uma prática comum das fabricantes de produtos de consumo em todo o mundo e que ganha ainda mais força em períodos de inflação.
Especialistas afirmam que a mudança na quantidade dos produtos está relacionada a diversos fatores, como os novos modelos de família, que estão cada vez menores, ou a estratégia dos estabelecimentos para que os consumidores frequentem cada vez mais os mercados, já que o produto acabará antes do habitual.
Fenômeno global
A economia mundial vem sofrendo com escassez de matéria-prima, aumento dos custos de produção e atraso no abastecimento de produtos. Os custos desses problemas são repassados aos consumidores, ainda que a marca não consiga fornecer os produtos como antes.
Alguns exemplos
Diversas categorias de itens já passaram por redução de embalagem nos últimos anos: sabão em pó, achocolatado, papel higiênico, caixa de ovos, caixa de fósforo, latas de ervilhas, pacotes de torradas, granola e salgadinho. E, segundo especialistas, até o fim de 2023, essa lista deve ficar ainda maior.
Um caminho sem volta
Ainda que esteja relacionada à alta da inflação, a reduflação não acompanha a recuperação econômica. Ou seja, mesmo com a economia estabilizada, os produtos tendem a continuar com o tamanho reduzido e o valor já oferecido. Como alternativa, as marcas lançam outras versões, com maiores quantidades e preços mais altos.
Está certo isso?
As fabricantes podem alterar o peso ou a quantidade dos produtos a qualquer momento, desde que a mudança esteja sinalizada em letras maiúsculas, negrito, com contraste de cores e em tamanho de fácil visualização durante pelo menos 180 dias após a alteração, conforme determinação do Ministério da Justiça e do Código de Defesa do Consumidor.
Por isso, muita atenção na hora da compra. A dica dos especialistas é de que o consumidor esteja atento para o tamanho indicado nas embalagens. Vale pesquisar as marcas concorrentes e entender as mudanças, para comprar o produto consciente do que está levando.