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Quanto os torcedores brasileiros gastam para assistir futebol no streaming

Para acompanhar todos os campeonatos, é desembolsado 4,5% do salário mínimo em assinaturas de plataformas e canais pagos
28 de julho de 2023 em Nacional
Foto: Getty Images

Nunca foi tão caro torcer para times brasileiros de futebol. Se antes bastava se sentar em frente à televisão e esperar o jogo começar, geralmente às quartas-feiras e aos domingos, agora acompanhar o time do coração ficou mais complexo — e caro.

Com novas estratégias de negócio das emissoras, que não incluem o mesmo espaço que o futebol ocupava antes, e a lei aprovada pelo governo em 2021, que permite que o time mandante da partida (o que joga no próprio estádio) negocie de modo independente os direitos de transmissão, a exibição de jogos na TV aberta ficou menos frequente e mais seletiva.

A mudança fez com que os amantes de futebol recorressem à TV por assinatura e às plataformas de streaming, que testam a paixão — e o bolso — dos torcedores.

Atualmente, para acompanhar as partidas do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil e da Copa Libertadores, com a participação de grandes times do país, o torcedor precisa assinar pelo menos três serviços diferentes, aumentando, no mínimo, 59,72 reais nos gastos.

Esse valor representa 4,5% do salário mínimo em 2023, que é de 1.320 reais. Se comparado com a renda média do trabalhador no primeiro trimestre, que chega a 2.880 reais, assistir aos jogos de futebol já representa um gasto de 2% da renda.

Especialistas reforçam que, ainda que essa não seja uma despesa essencial, pode ser considerada importante, visto que mexe com uma das maiores paixões dos brasileiros. Outros analisam o impacto das mudanças para os torcedores idosos, que podem encontrar dificuldades para navegar pelos novos canais e plataformas e acompanhar seu time, deixando de ser uma audiência frequente.

Para além do Brasil, o mercado analisa que o fim do predomínio de uma única emissora aberta transmitindo jogos de futebol é uma tendência mundial e benéfica para o setor, pois deixa o mercado mais competitivo e pode gerar novos recursos aos clubes, que participam ativamente das negociações de transmissão.

Fontes: BBC e InfoMoney.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

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