No dia 21 de setembro, o Copom (Comitê de Política Monetária), órgão do Banco Central que determina a taxa de juro básica no Brasil, manteve a taxa Selic em 13,75%. A decisão aconteceu após 12 aumentos consecutivos, que vinham sendo aplicados desde março de 2021.
Essas reuniões do Copom são realizadas a cada 45 dias, para definir qual precisa ser a taxa de juro no Brasil. Esse é o instrumento do Banco Central para controlar a inflação e garantir a estabilidade na economia. Quanto maior o juro, menor o consumo, porque o custo de crédito fica mais alto, dificultando compras a prazo. Já as aplicações financeiras se tornam mais atrativas para os investidores. Com a população comprando menos, os preços tendem a cair, diminuindo a inflação.
O efeito colateral desse aumento é que o investimento na produção das empresas também fica mais caro. Se as companhias investem menos em máquinas e novas tecnologia, podem ficar obsoletas. Ou seja, no longo prazo, podem perder competitividade, prejudicando a economia do país. Por isso o sobe e desce dos juros precisa ser bem dosado. Um aumento ou uma diminuição exagerada pode mais prejudicar do que ajudar. Definir o percentual ideal da taxa Selic é a tarefa do Copom.
Entenda o que é a taxa Selic
A taxa Selic é o juro que define o rendimento dos títulos públicos. Esses títulos públicos são papéis emitidos pelo governo para financiar o crescimento do país. São considerados os mais seguros investimentos, porque têm mais solidez e podem ser revendidos com mais segurança, ou seja, têm mais liquidez.
Por ter os investimentos considerados mais seguros, o governo paga pela compra de seus títulos um juro que é considerado piso para todo mercado financeiro. Ou seja, qualquer outro investimento, seja CDB ou LCI, precisa oferecer um juro maior do que o pago pelo governo para ser atrativo. Por isso, quando o governo anuncia o aumento da Selic, bancos e corretoras também elevam seus juros, tanto de aplicações como de empréstimos.