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Polêmica do Pix: aumento de desinformação faz governo encomendar campanha

Saiba como se informar e não cair em notícias falsas
15 de janeiro de 2025 em Nacional

As mudanças nas regras de fiscalização da Receita Federal sobre operações financeiras, que foram explicadas pelo TINO Econômico nesta reportagem, vêm gerando dúvidas e estimulando a produção de fake news nas redes sociais. Para combater a desinformação, o governo encomendou uma campanha publicitária para esclarecer a população sobre o assunto.

+ Seis perguntas para entender a fiscalização do Pix acima de 5 mil reais

O que aconteceu?

Desde o início do ano, a Receita Federal incluiu no seu monitoramento transações bancárias feitas em bancos digitais e instituições de pagamento, como Nubank e PicPay. Com a mudança, transações financeiras acima de 5 mil reais (pessoa física) e 15 mil reais (pessoa jurídica), sejam elas de qualquer instituição e feitas de qualquer forma (transferência, Pix, cartão de crédito ou de débito), serão informadas à Receita.

Antes, essas informações já eram repassadas, mas somente pelos bancos tradicionais e num limite menor: 2 mil reais (pessoa física) e 6 mil reais (pessoa jurídica).

A notícia, no entanto, foi interpretada de maneira errada por algumas pessoas, que entenderam que haveria uma cobrança de taxa sobre essas transações. As redes sociais ficaram inundadas de informações falsas.

Queda nas transações com Pix

Ainda que o governo, o Banco Central (BC), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e especialistas tenham tentado esclarecer, a desinformação entre a população ainda é grande e afetou o uso do pagamento instantâneo.

Levantamento feito pelo jornal O Globo com dados do BC revelou que o número de transações de Pix teve a maior queda desde a implantação do sistema nos primeiros dias de janeiro, período que corresponde à divulgação da nova regra.

Na tentativa de combater a desinformação, o governo encomendou uma campanha publicitária a agências de comunicação para esclarecer sobre a nova medida. A estratégia deverá incluir vídeos, posts em redes sociais e anúncios em meios de comunicação. A ideia é explicar as mudanças anunciadas pela Receita e reforçar a segurança e transparência do sistema de pagamento mais utilizado pelos brasileiros.

O fato é mais uma prova da importância de tomar cuidado com notícias falsas. O melhor modo de proteção é a informação. Por isso, siga estas dicas:

  • Sempre verifique a origem da notícia e desconfie de conteúdos sensacionalistas ou que chegam sem fonte confiável.
  • Dê preferência a veículos de comunicação reconhecidos e cheque as informações em diferentes fontes antes de compartilhá-las.
  • Utilize ferramentas de verificação, como sites especializados em desmentir boatos.
  • Preste atenção a erros gramaticais ou imagens editadas, que podem ser sinais de falsidade.
  • Não compartilhe informações recebidas por mensagens ou redes sociais sem ter certeza de sua veracidade.

Fontes: InfoMoney e O Globo.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

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