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O Pix, sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil (BC), superou o dinheiro em espécie como a forma de pagamento mais utilizada no país.
A pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro“, divulgada em 4 de dezembro, revelou que, apenas quatro anos após o lançamento, o Pix é usado por 76,4% da população e é o método mais frequente para 46% dos entrevistados.
Na última edição da pesquisa, realizada em 2021, o sistema ainda era uma novidade, utilizado por 46% da população e classificado como o método mais frequente por apenas 17% das pessoas.
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O pagamento instantâneo também foi considerado o mais vantajoso em relação a segurança, descontos, facilidade de uso, custos, controle de gastos, aceitação pelos estabelecimentos, gastos emergenciais e comodidade. Só perde na avaliação sobre parcelamento, na qual o cartão de crédito foi considerado mais vantajoso.
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Em segundo lugar, o cartão de débito é utilizado por 69,1% da população e é o método mais frequente para 17,4% dos entrevistados. O dinheiro em espécie, que historicamente liderava como meio de pagamento, caiu para o terceiro lugar, sendo utilizado por 68,9% das pessoas e o mais frequente para 22%.
Essa queda é significativa em relação aos dados de 2021, quando 83,6% da população usava dinheiro e 42% o consideravam o meio de pagamento mais recorrente. Ainda assim, as cédulas e moedas continuam presentes, especialmente entre pessoas de menor renda e idosos.
O cartão de crédito também ganhou destaque, sendo apontado como a forma de pagamento mais utilizada por 42% dos entrevistados.
O dinheiro em espécie ainda é o meio de pagamento preferido de pessoas com renda mais baixa. A pesquisa indica que 75% dos brasileiros que recebem até dois salários mínimos usam dinheiro, percentual que diminui conforme a renda aumenta. Entre os idosos, o uso também é mais intenso (72,7%), enquanto jovens entre 16 e 24 anos o utilizam menos (68,6%).
Ao ser perguntados se continuarão usando dinheiro em espécie daqui a cinco anos, 53,4% dos entrevistados acham que não e 35,7% acreditam que sim, mas com menos frequência.
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O levantamento, realizado entre 28 de maio e 1º de julho de 2024, ouviu 2 mil pessoas, incluindo mil caixas de estabelecimentos comerciais, e tem nível de confiança de 95%, com margem de erro de 3,1%.
Fonte: Banco Central do Brasil.