O Banco Central do Brasil (BC) anunciou, em 22 de julho, a implantação de novos mecanismos de segurança para o sistema de pagamentos instantâneos, Pix. As mudanças entrarão em vigor a partir de 1º de novembro. Além disso, o BC adiou o lançamento do Pix Automático para junho de 2025.
As novas regras têm o objetivo de coibir fraudes, cada vez mais frequentes. A partir de 1º novembro, as transações iniciadas por computadores ou celulares não cadastrados estarão limitadas a 200 reais por operação, com um limite diário de mil reais. Dispositivos novos precisarão ser previamente cadastrados pelos usuários para transações acima desses valores.
Segundo o BC, isso tornará mais difícil para fraudadores, que utilizam métodos como roubo ou engenharia social (quando enganam o usuário para fazer com que ele revele a senha) para obter credenciais como login e senha para realizar transações.
Desde o lançamento, em novembro de 2020, o Pix já movimentou mais de 2 trilhões de reais por mês em transações, com cerca de 5 bilhões de operações mensais, representando 43% das transações no primeiro trimestre de 2024.
O BC também estabeleceu novas obrigações para as instituições financeiras participantes, incluindo a utilização de soluções de gerenciamento de risco para identificar transações atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente. Também será exigido que os bancos compartilhem informações de cuidados para evitar fraudes de forma ampla.
Além disso, as instituições deverão verificar, a cada seis meses, se os clientes têm alguma marcação de suspeita de fraude na base de dados do BC. Clientes suspeitos devem ser tratados de modo diferenciado, podendo ter o relacionamento encerrado ou enfrentando limites distintos para autorizar transações.
Lançamento do Pix Automático adiado
Outro anúncio feito pelo BC hoje foi o adiamento do Pix Automático. Planejada inicialmente para outubro de 2024, a solução ficará para junho de 2025, em razão de atrasos no desenvolvimento.
O Pix Automático permitirá cadastrar contas em débito automático sem a necessidade de autenticação a cada transação. Para as empresas, a promessa é de que a solução aumente a eficiência, diminua os custos de cobrança e reduza a inadimplência.