O número de empresas que pediram recuperação judicial bateu recorde no terceiro trimestre (julho/agosto/setembro). Segundo levantamento da Serasa Experian, nesse período, 134 companhias entraram com o pedido na Justiça, um número que representa 40% de todos os processos iniciados em 2023.
Entre janeiro e setembro, 966 companhias entraram com pedido de recuperação judicial em todo o Brasil. O número é maior do que o registrado em 2022, que fechou com 833 pedidos. De acordo com o levantamento, a maioria, 611, são pequenas e médias empresas.
Segundo especialistas, o crescimento dos pedidos tem a ver com o aumento da inadimplência de empresas e consumidores, que não conseguiram pagar suas contas.
O que é a recuperação judicial?
Esse dispositivo jurídico é usado por empresas que não conseguem pagar dívidas e, para evitar a falência, pedem que um juiz decrete sua recuperação judicial.
Quando o pedido é aceito, um administrador judicial é nomeado para fiscalizar a companhia durante o processo. Por lei, a recuperação judicial deve durar somente dois anos, mas, na prática, pode levar mais tempo, dependendo da decisão do juiz.
Durante esse período, a empresa tenta rever seus processos, cortar custos ou até buscar um sócio ou comprador para sair da dificuldade financeira. Quando consegue se recuperar, o processo chega ao fim e a companhia volta a operar normalmente. Se após esse prazo a recuperação não se confirmar, é declarada a falência, isto é, a empresa encerra as operações.