Alta do dólar, calor e tempo seco. Esses fatores devem influenciar o preço do pão e do café, que devem ficar mais caros, itens consumidos diariamente pelos brasileiros.
A valorização do dólar em relação ao real é a vilã do preço do pão. Isso porque o Brasil importa trigo (e paga em dólar) para complementar a produção interna e atender a demanda do mercado de produtores de farinha. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo). A variação do valor da moeda estrangeira durante todo o ano de 2024 já impactou os preços.
Esse cenário deve se agravar em 2025, por conta das mudanças climáticas. O forte calor e a seca dos últimos meses prejudicam as plantações. Consequentemente, a produção nacional deve sofrer uma redução, o que tornará o país ainda mais dependente das importações. “O cenário foi desafiador em 2024, marcado por volatilidade nas cotações internacionais, adversidades climáticas e uma expressiva redução na produção nacional” , afirmou a Abitrigo em comunicado.
O clima desfavorável também terá consequências para o preço do café. A seca histórica e as ondas de calor afetam o cultivo do grão, principalmente em São Paulo e Minas Gerais. O café é uma agricultura perene, ou seja, planta-se o pé apenas uma vez e a árvore dá frutos todos os anos.
Em 2024, segundo especialistas, o pico da seca e do calor entre setembro e novembro coincidiu com a florada das plantações, o que prejudicou o ciclo e trouxe mais pragas e doenças para as árvores, reduzindo a produção. Com menos oferta de grãos, o preço tende a subir nas prateleiras dos mercados.
Fontes: G1 e InfoMoney