Toda vez que uma pessoa decide fazer o primeiro investimento em uma instituição financeira, ela será convidada a responder um questionário para identificar seu perfil. Essa informação é valiosa para adequar as aplicações aos objetivos de cada investidor.
Quatro fundamentos principais são levados em conta para traçar o perfil de um investidor:
1- Tolerância ao risco
É o quanto essa pessoa fica pouco ou nada incomodada quando vê um investimento perdendo valor.
2- Situação financeira
Alguém com boa condição financeira, que já tem uma reserva de emergência garantida, pode ter um pouco mais de disposição para colocar seu dinheiro em uma aplicação de maior risco.
3- Conhecimento do mercado
Quanto mais informação sobre investimentos uma pessoa tem, mais à vontade ela se sente para variar suas aplicações.
4- Objetivos
O que será feito com os rendimentos é outra variável que interfere na escolha da aplicação na qual o dinheiro será investido.
Com base nesses fundamentos, o investidor pode ser classificado como conservador, moderado ou arrojado. Conheça abaixo a definição de cada um.
Conservador: pessoas que dão prioridade à segurança. Preferem um investimento que tem rentabilidade menor, mas não apresenta risco de perda. Costumam optar por aplicações mais previsíveis e que tenham uma liquidez maior, ou seja, que permitem que o dinheiro seja resgatado a qualquer momento. Normalmente, são indivíduos com pouca experiência no mercado financeiro, que temem perder patrimônio.
Moderado: é um investidor que preza pelo equilíbrio. Gosta de segurança, mas admite correr certo risco em troca de maior rentabilidade. Costuma diversificar sua carteira de investimentos, com produtos mais seguros, que preservam o patrimônio, e outros mais arriscados ou de menor liquidez, para ter um retorno maior.
Arrojado: este tipo de investidor tem como principal foco a rentabilidade. Para isso é capaz de suportar as oscilações do mercado, com aplicações que podem estar no azul hoje e no vermelho na próxima semana. Costumam ser pessoas que conhecem bem o mercado financeiro, por isso também têm o cuidado de diversificar seus investimentos e manter uma reserva de emergência segura.
Dá para mudar?
É comum que o perfil do investidor vá se alterando ao longo da vida conforme ele vai adquirindo conhecimento, experiência e mudando seus objetivos. Alguém mais jovem, que tem muito tempo de vida para conquistar seu patrimônio e vê-lo render, pode estar mais disposto a correr mais riscos. Já uma pessoa de mais idade, cujo objetivo maior é garantir a renda para a aposentadoria, pode ser mais conservadora.
Por outro lado, um indivíduo mais jovem que conhece pouco sobre o mercado pode ser mais conservador do que alguém com mais idade e conhecimento que tem mais apetite por rentabilidade e tolerância ao risco.
Não há um perfil melhor do que o outro, mas existem aplicações mais indicadas para cada um dos tipos de investidor. Saber em qual dos três você se encaixa é o primeiro passo para fazer boas escolhas financeiras.
O que é a API Responder o questionário chamado Análise de Perfil do Investidor (API) é obrigatório antes de realizar qualquer tipo de aplicação. Por meio dele, a pessoa descobre seu perfil de investidor. Esse questionário costuma ter validade de 24 meses, período que os especialistas consideram suficiente para que o investidor conheça bem sua carteira e se sinta à vontade para mudar. |
Fonte: Anbima.