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O balanço (negativo) da Black Friday no Brasil

Na segunda pior edição da história, confira as empresas que faturaram — e outras que nem tanto — no dia de promoções
27 de novembro de 2023 em Nacional
Foto: Getty Images

No dia 24 de novembro, aconteceu mais uma edição da Black Friday em todo o mundo. No Brasil, o dia de promoções, que ocorre desde 2010, gera grandes expectativas nas empresas do varejo e nos consumidores, que aguardam a data com a esperança de bons descontos.

Entretanto, dessa vez, o volume de compras não atingiu os números esperados e rendeu o título de segunda pior Black Friday da história do país. Entre os dias 23 e 25, foram 4,5 bilhões de reais em vendas, uma queda de 14,4% em relação a 2022, segundo relatório da Confi.Neotrust, em parceria com a ClearSale.

Ao longo de 24 de novembro, o dia oficial de descontos, o e-commerce brasileiro registrou 3,4 bilhões de transações, com um gasto médio por pessoa de 675,36 reais. O faturamento gerado foi 15,1% menor do que em 2022 – que já era 34,18% mais baixo do que o ano anterior.

Segundo especialistas, o endividamento das famílias e ofertas pouco atrativas justificam a queda.

Os destaques positivos e negativos

Segundo relatório do Itaú BBA, as empresas de comércio eletrônico Mercado Livre, Amazon, Shein e Shopee foram as líderes de tráfego na semana da Black Friday brasileira.

O Mercado Livre está no topo do ranking de tráfego, com 28%, e do aumento das vendas com recordes no acumulado de novembro. “O GMV [valor bruto total vendido pela empresa e por lojistas da plataforma] está entre 50% e 100% maior em relação a 2022”, disse Fernando Yunes, presidente da companhia, ao jornal Valor Econômico. A venda de eletrônicos, como celulares, notebooks e televisores, cresceu 140%, segundo ele. Já a Amazon foi responsável por 22% de todos os acessos realizados em plataformas de varejistas.

Por outro lado, Americanas, Carrefour Brasil e Petz apresentaram baixa de acessos.

Você sabia?
 
A Cyber Monday, considerada o after da Black Friday, deve movimentar o comércio com suas promoções no dia 27 de novembro.
 
Sem o reconhecimento da sexta-feira de descontos, a segunda-feira seguinte tenta emplacar como um bom dia de compras, já que segue a tendência de queda dos preços.
 
Após uma Black Friday menos atrativa, a Cyber Monday se tornou a aposta do comércio brasileiro para aquecer as vendas do fim de ano. Segundo pesquisa realizada pela Ecglobal, três em cada quatro consumidores devem adquirir algo na Cyber Monday pela primeira vez. Cerca de 67% dos entrevistados afirmam que comprarão nesta data, e o gasto médio individual deve variar entre 500 e mil reais.

Fontes: Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Bloomberg Línea.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

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