
Pense em duas pessoas: a primeira começa a investir aos 18 anos, aplicando 200 reais por mês. A segunda começa aos 30, investindo 400 reais mensais, ou seja, o dobro. Qual delas você acha que terá mais dinheiro aos 60 anos?
A resposta certa é: a primeira. E isso não é mágica, é matemática e paciência. O segredo está em uma palavrinha que faz toda a diferença no mundo dos investimentos: juros compostos.
O que são juros compostos
Juros compostos são os juros que rendem em cima dos juros. É como se seu dinheiro ganhasse filhos, e esses filhos também começassem a trabalhar por você. Com o tempo, essa família de dinheiro cresce sozinha — e rápido.
Voltando ao exemplo, suponha que os dois investimentos rendam 10% ao ano:
- Pessoa A (começou aos 18):
R$ 200 por mês por 42 anos = R$ 100.800 investidos
Valor final: R$ 1.570.000 - Pessoa B (começa aos 30):
R$ 400 por mês por 30 anos = R$ 144.000 investidos
Valor final: R$ 883.000
Mesmo investindo mais dinheiro, a pessoa B termina com quase metade do valor da pessoa A. O motivo? A pessoa A deu mais tempo para os juros compostos fazerem sua mágica.
Se é assim, por que tanta gente demora para começar a investir? Segundo a teoria da preferência temporal, estudada na economia comportamental, nós tendemos a valorizar mais o presente do que o futuro. Isso faz com que muitos jovens deixem de investir hoje porque acham que “dá tempo depois”.
Mas é exatamente o contrário. Começar com pouco é melhor do que não começar. Hoje existem opções como Tesouro Direto, fundos de investimento, ações fracionadas e até CDBs de bancos digitais, que aceitam aplicações a partir de um real.
Além disso, existem vários aplicativos que ensinam sobre investimentos e até fazem aportes automáticos com o “troco” das suas compras.
Pensar no futuro pode parecer distante quando se tem 15 ou 18 anos. Mas o seu “eu” de 40 anos vai agradecer se você começar a investir hoje. É como plantar uma árvore: quanto antes você colocar a semente na terra, mais cedo vai ter sombra, frutos… e liberdade.
Fonte: Investopedia.