Na contramão do mundo, Japão sonha com a inflação

Há 40 anos, o país tem o desafio de manter o aumento dos preços próximo à meta
6 de junho de 2023 em Edições Impressas, Internacional
Getty Images

Se por um lado muitos países, como o Brasil, batalham para conter a inflação, o Japão vive o cenário oposto. Nas últimas décadas, o arquipélago enfrenta uma deflação. Em outras palavras, uma queda generalizada nos preços do país. E vem implantando medidas para garantir que a inflação fique dentro da meta.

A princípio, a estabilidade de preços pode parecer benéfica, porém revela que a oferta é maior do que a demanda, o que não é o cenário ideal. A longo prazo, isso pode desestimular a economia, levando a fechamento de empresas, desemprego e diminuição da renda, além de afastar investimentos.

A atual queixa dos japoneses é de que o custo de vida é alto e os salários estão estagnados, dificultando a ascensão das famílias. Como consequência, não só eles, como as empresas, tendem a evitar gastos, preferindo deixar o dinheiro no banco, mesmo sem rendimento.

Especialistas acreditam que a nação esteja dando uma virada na economia. Com uma política estimulante e o cenário econômico mundial inflacionário, em abril, o Japão registrou inflação de 3,5%, acima da meta de 2%, mas menor do que os 4,2% alcançados em janeiro, o maior registro desde 1982.

Fonte: Estadão e G1

GLOSSÁRIO

Deflação:

Diminuição generalizada dos preços. Normalmente, ocorre quando as pessoas estão comprando menos ou a oferta de produtos é maior do que a intenção de compra — o contrário da inflação.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

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