Se por um lado muitos países, como o Brasil, batalham para conter a inflação, o Japão vive o cenário oposto. Nas últimas décadas, o arquipélago enfrenta uma deflação. Em outras palavras, uma queda generalizada nos preços do país. E vem implantando medidas para garantir que a inflação fique dentro da meta.
A princípio, a estabilidade de preços pode parecer benéfica, porém revela que a oferta é maior do que a demanda, o que não é o cenário ideal. A longo prazo, isso pode desestimular a economia, levando a fechamento de empresas, desemprego e diminuição da renda, além de afastar investimentos.
A atual queixa dos japoneses é de que o custo de vida é alto e os salários estão estagnados, dificultando a ascensão das famílias. Como consequência, não só eles, como as empresas, tendem a evitar gastos, preferindo deixar o dinheiro no banco, mesmo sem rendimento.
Especialistas acreditam que a nação esteja dando uma virada na economia. Com uma política estimulante e o cenário econômico mundial inflacionário, em abril, o Japão registrou inflação de 3,5%, acima da meta de 2%, mas menor do que os 4,2% alcançados em janeiro, o maior registro desde 1982.
Fonte: Estadão e G1
GLOSSÁRIO Deflação: Diminuição generalizada dos preços. Normalmente, ocorre quando as pessoas estão comprando menos ou a oferta de produtos é maior do que a intenção de compra — o contrário da inflação. |