A taxa de inflação brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, fechou 2022 em 5,79%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. O índice ficou acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central, que era de 5%.
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Os alimentos e bebidas ficaram mais caros e foram os grandes responsáveis por alavancar a taxa, com uma alta de 2,41 pontos percentuais. Os itens de higiene também apresentaram altos números nas prateleiras do supermercado e das farmácias (1,42 p.p) – assim como as roupas nas lojas. O aluguel assustou os inquilinos, com aumento de 8,67%, e até o álbum da Copa sofreu alta no preço, assim como suas figurinhas. Quem conseguiu completá-lo desembolsou um valor bem maior do que nos mundiais anteriores.
Apesar da temporada de deflação que tivemos em julho, agosto e setembro, quando os preços caíram, a baixa não foi suficiente para segurar o aumento dos meses seguintes. Em dezembro, o IPCA apresentou uma ascensão de 0,62% comparada à alta de 0,41% em novembro, deixando a ceia e os presentes de fim de ano mais caros.
Pelo segundo ano consecutivo, a variação de preços esteve acima da meta de 3,5% e do teto de 5%, estabelecido pelo Banco Central para os 12 meses do ano. Apesar do aumento, a taxa ficou abaixo da registrada em 2021, que foi de 10,06%.
Para 2023, a meta do Conselho Monetário Nacional é de que a inflação se mantenha em 3,25%, taxa diferente do que o mercado espera para o ano, que chega a 5,31%.