O IPCA, o índice oficial para medir a variação de preços no Brasil, fechou o mês de agosto com uma deflação de 0,36%, o que significa que os preços caíram. Assim como havia acontecido em julho, a queda está relacionada ao preço dos combustíveis, que tiveram redução de 11,64%.
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação registra alta de 8,73%. Desde setembro de 2021, esse percentual não ficava abaixo dos 10%. Levando em conta somente os meses de 2022, o índice está em 4,39%.
As maiores altas de preços foram registradas no grupo vestuário, que subiu 1,69%. Também foram ajustados para cima os preços de itens ligados à saúde e a cuidados pessoais (1,31%).
O grupo alimentação e bebida teve alta de 0,24%. Os maiores aumentos foram registrados no frango em pedaços (2,87%), queijo (2,58%) e frutas (1,35%). Já o leite longa vida, que vinha sendo o vilão da inflação dos alimentos, caiu 1,78%. Outros alimentos ficaram mais baratos: tomate (-11,25%), batata-inglesa (-10,07%) e óleo de soja (-5,56%).
Por que é tão importante acompanhar o aumento dos preços
A inflação corrói o poder de compra. Se os preços sobem e os salários não acompanham essa alta, a população é obrigada a cortar gastos. Isso afeta especialmente os mais pobres, que têm a maior parte do orçamento já comprometida com os gastos de primeira necessidade.
O Brasil adota o regime de metas para a inflação, que está em vigor desde 1999. Essas metas são estabelecidas pelo Banco Central. A meta para este ano é de 3,5%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Desse modo, a inflação “ideal” para 2022 seria entre 2% e 5%.
O Banco Central acompanha de perto o comportamento da inflação e, quando vê que os preços estão subindo muito, usa ferramentas para buscar a estabilidade. Entre elas, o aumento da taxa de juros.