No fim de abril, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou a lei aprovada pelo congresso do país que visa proteger norte-americanos de aplicativos controlados por nações adversárias, mais especificamente, a China.
Com a aprovação, a ByteDance, proprietária do TikTok, tem nove meses (prazo que pode ser estendido para um ano) para vender sua operação a uma empresa dos EUA — ou o aplicativo será banido do país.
A justificativa para a aprovação é a preocupação com a segurança nacional. Muitos políticos norte-americanos acreditam que a ByteDance possa ser obrigada a compartilhar dados de usuários dos EUA com o governo chinês, que exige que suas empresas, mediante solicitação, informem dados relacionados à segurança nacional.
Quem poderia ser o novo dono?
Com 170 milhões de usuários nos EUA, a ByteDance é uma empresa de capital fechado e tem valor de mercado estimado em 268 bilhões de dólares (1,3 trilhão de reais). O valor do braço norte-americano é avaliado entre 40 bilhões (204 bilhões de reais) e 50 bilhões de dólares (256 bilhões de reais), segundo informações da agência de notícias Bloomberg.
Considerando esse valor, quem poderia comprar a operação? A Alphabet, dona do Google, e a Meta, proprietária do Facebook e Instagram, podem parecer as candidatas mais óbvias. Porém dificilmente o negócio seria concretizado com uma delas, em razão das regras de concorrência e antitruste. Outra candidata seria a Oracle, que já armazena os dados dos usuários da rede nos EUA. A companhia, entretanto, está endividada após outra aquisição e é muito pouco provável que assuma mais essa conta para pagar.
Numa tentativa de reverter a situação, Shou Zi Chew, CEO do TikTok, pediu aos usuários norte-americanos que se manifestem para proteger seu direito à liberdade de expressão. “Façam a voz de vocês ser ouvida”, disse em um vídeo postado na rede social X.
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Fontes: O Globo, Bloomberg, Exame e Meio Bit.