No dia 11 de dezembro, durante uma reunião virtual, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) oficializou a Arábia Saudita como sede da Copa do Mundo de 2034. O anúncio já era esperado, visto que nenhum outro país da Ásia/Oceania se candidatou e, pela regra, os continentes seriam os próximos a receber o evento. O mundial de 2030 será realizado na Espanha, Marrocos e Portugal e terá três jogos disputados na América do Sul (Argentina, Uruguai e Paraguai), para celebrar os cem anos da primeira Copa do Mundo — anúncio também feito pela Fifa no dia 11.
A Arábia Saudita vem investindo no esporte desde 2022, quando o Fundo de Investimento Público (PIF), liderado pelo príncipe Mohammed bin Salman, adquiriu 80% das ações do time de futebol Newcastle, da Inglaterra, e comprou os quatro principais clubes sauditas: Al Nassr, Al Ittihad, Al Hilal e Al Ahly. Além disso, o país detém astros do futebol como Benzema, Cristiano Ronaldo e Neymar em seus clubes. Sediar uma Copa do Mundo pode alavancar a Arábia Saudita como potência no esporte.
Para isso, a nação declarou que planeja uma estrutura de 15 estádios, distribuídos por cinco cidades-sedes. Uma delas, a Neom, que está em construção no noroeste do país, será futurística e sustentável, de acordo com governo local. A construção deve ultrapassar 500 bilhões de dólares (em torno de 2,9 trilhões de reais).
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Alguns países e organismos internacionais de direitos humanos se posicionaram contra a escolha da Fifa, já que, segundo eles, o país-sede tem um histórico de violação de direitos humanos e danos ambientais. Além disso, a opção da Fifa seria controversa ao discurso propagado pelo órgão. Muitos veem a decisão como sportswashing, termo que se refere ao uso do esporte para melhorar a imagem de uma nação.
Fontes: Globo Esporte e BBC.