Às 9h20 (horário de Brasília) do dia 11 de janeiro, a Administração Federal de Aviação Americana (FAA), órgão que regula o transporte aéreo nos Estados Unidos (semelhante à Anac no Brasil), suspendeu todas as decolagens nacionais e internacionais nos aeroportos dos EUA.
A interrupção foi causada por uma falha no Notam (Notice to Air Missions), um sistema internacional de mensagens que alerta a tripulação sobre perigos e alterações que impactam a navegação aérea, como problemas na pista ou falha em equipamentos de auxílio de pousos e decolagens. Esse é um dos principais sistemas de controle aéreo utilizado pela FAA.
A suspensão durou até 10h55 da manhã (horário de Brasília). Segundo o serviço de rastreamento de voos FlightAware, mais de 8,2 mil voos sofreram atrasos e cerca de 1,2 mil foram cancelados.
No mais recente comunicado da FAA, o órgão anunciou que as operações de tráfego aéreo estavam sendo retomadas gradualmente e afirmou que a equipe está revisando os sistemas e detectando as possíveis causas do ocorrido. Até o momento, foi rastreado um problema em um dos arquivos do banco de dados, mas não há evidências de um ataque cibernético.
No Twitter, a porta-voz do presidente Joe Biden, Karine Jean-Pierre, afirmou que a Casa Branca foi informada e que, mesmo sem as evidências de ataque, a orientação de Biden é para que o departamento de transporte faça uma investigação completa.
As maiores companhias aéreas do país como United Airlines, American Airlines e Delta Airlines anunciaram que os clientes atingidos não serão cobrados em caso de necessidade de alteração de voos. Todas reforçaram que trabalharam para que não houvesse grande impacto para os seus usuários. Hoje, a operação está próxima à normalidade: a United Airlines atrasou 2% dos voos, enquanto a American Airlines e a Delta Air Lines apresentaram 1% de atraso, segundo o Estadão Conteúdo.