EUA barram venda de peças de chips à China

Determinação imposta pelo governo proíbe que empresas norte-americanas exportem peças que permitam a fabricação de chips. Além de proteger a segurança nacional, as regras visam colocar os EUA à frente na corrida tecnológica
26 de outubro de 2022 em Edições Impressas, Internacional
Sala de pesquisa para desenvolvimento de chips em Taiwan: tecnologia cada vez mais disputada por EUA e China

No início de outubro, os Estados Unidos anunciaram uma série de barreiras para o desenvolvimento de semicondutores na China. Proibiu que empresas norte-americanas exportem a tecnologia usada na fabricação de chips e impediu que qualquer país do mundo venda para Pequim produtos que tenham componentes produzidos nos EUA.

Segundo os norte-americanos, a intenção é proteger a segurança nacional, afinal, com acesso à tecnologia de ponta, a China poderia produzir armas mais perigosas e avançadas. Mas a decisão também tem um peso comercial importante, uma vez que os chips estão por toda parte: em televisores, geladeiras, carros e celulares. “Com essa medida, os Estados Unidos ganham vantagem competitiva, pois enfraquecem a capacidade chinesa de ter acesso à tecnologia”, diz Leonardo Paz, analista de inteligência qualitativa do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Essa crise sino-americana também envolve Taiwan, país da Ásia Oriental que é o maior produtor de microchips do mundo. Enquanto os Estados Unidos defendem a independência da ilha, a China a considera parte de seu território e dá sinais de que pretende brigar pela posse. Quem tiver Taiwan a seu lado conquistará um aliado significativo na corrida tecnológica.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

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