As bolsas de valores de todo o mundo estão vivendo um clima tenso no dia 5 de agosto. A turbulência começou pelas bolsas asiáticas, que são as primeiras a abrir, e também afetou a Europa, os Estados Unidos e o Brasil.
Na bolsa do Japão, foi necessário acionar o chamado circuit breaker, um recurso que para as operações por alguns minutos quando a queda atinge níveis muito baixos.
Como o mercado de ações é muito volátil, notícias negativas ou até boatos são capazes de fazer os investidores comprar ou vender grandes volumes de ações rapidamente. O intuito do circuit breaker é justamente conter o pânico. A intenção é que a parada nas operações dê um respiro para que os investidores possam analisar a situação e tomar decisões mais racionais.
Na B3, a bolsa de valores do Brasil, o circuit breaker é adotado nas seguintes ocasiões:
Queda de 10% do índice: parada de 30 minutos.
Queda de 15% do índice: se, após a reabertura, houver uma nova queda de 15%, as negociações são suspensas por uma hora.
Queda de 20% do índice: se, após a reabertura, uma nova queda de 20% acontecer, as negociações podem ser suspensas até o fim do dia.
Por que a forte queda hoje
A queda do dia 5 foi causada pelo medo dos investidores com uma possível recessão nos Estados Unidos.
Recessão é o nome dado à redução da atividade econômica, ou seja, quando o Produto Interno Bruto (PIB) de um país cai. O que levantou temores sobre a economia norte-americana foram os números do nível de desemprego, que atingiu o nível mais alto dos últimos três anos.
O resultado negativo marcou o dia nas bolsas de todo o mundo. O índice Nikkei 225, da bolsa japonesa, fechou em queda de 12,4%; na China, o índice do país caiu 1,21%; na Coreia do Sul, 8,8%; Taiwan teve resultado de -8,35%; a bolsa de Cingapura caiu 4,07%; e, na Índia encerrou o dia a -2,6%.
Na Europa, o índice de referência STOXX 600 teve queda de 2,17%. Nos EUA, o Dow Jones perdeu 2,60%. Aqui no Brasil, o Ibovespa sofreu 0,46% de redução.
O dólar, moeda que costuma valorizar em momentos de crise financeira, atingiu seu maior valor desde dezembro de 2021, chegando a 5,74 reais.
Fontes: Folha de S.Paulo e B3.