A oferta de empréstimo consignado atrelado ao pagamento do Auxílio Brasil, programa de transferência de renda do governo federal que pagará 600 reais a pessoas em situação de vulnerabilidade, vem gerando polêmica. O decreto que regulamentou a medida autorizou que os beneficiários emprestem até 40% do valor a receber antes do pagamento. Mas entidades financeiras e o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) criticaram a decisão, alegando que a medida é perigosa, uma vez que os recursos do programa costumam ser usados para gastos básicos de sobrevivência.
Polêmicas à parte, você sabe o que é consignado? Essa modalidade de empréstimo está disponível somente para quem tem uma renda fixa mensal. Por isso costuma ser oferecida a pensionistas, aposentados, funcionários públicos e outros profissionais que tenham carteira assinada. O pagamento das parcelas do empréstimo é descontado diretamente do salário, assim, o risco de inadimplência diminui, aumentando a segurança da operação para o banco.
A vantagem desse modelo de operação para o consumidor é que, por ser descontado do salário, o banco exige menos garantias e aprova o empréstimo mais facilmente. O consignado também tem taxas de juros menores e um prazo mais longo para pagamento, que pode chegar a 120 meses, isto é, dez anos. A desvantagem é que, em caso de perda do emprego, o consignado terá de ser substituído por um empréstimo tradicional, o que pode significar juros mais altos.