Apita o árbitro, começou a maior Copa do Mundo de Futebol Feminino da história. No dia 20 de julho, no estádio Eden Park, na Nova Zelândia, país-sede do mundial com a Austrália, a bola entrou em campo para iniciar a nona edição do campeonato.
Até o dia 20 de agosto, data da final, terão sido realizadas partidas em nove cidades, espalhadas pelos dois países. Trinta e dois times disputam o título, oito a mais do que na Copa anterior, em 2019.
A Federação Internacional de Futebol (Fifa) espera recorde de público nos estádios. De acordo com a entidade, os mais de um milhão de ingressos vendidos antes do início dos jogos superaram o total da Copa da França, em 2019.
A estreia do Brasil, transmitida pela Rede Globo, bateu recorde de público e foi assistida por uma média de 11 milhões de espectadores. A partida alcançou 16 pontos no Painel Nacional de Televisão, a maior audiência do horário desde 2008. Cada ponto equivale a cerca de 268 mil domicílios, ou 717 mil indivíduos.
“Esta Copa está sendo mais vista e tem maior repercussão porque estamos no processo de consolidação do esporte, de aceitação, de mudanças culturais, principalmente no Brasil”, explica Luiza Parreiras, coordenadora de futebol feminino no América Futebol Clube.
Em 2 de agosto, a seleção brasileira foi eliminada na primeira fase. O melhor desempenho do Brasil foi na Copa de 2007, em que a equipe foi vice-campeã.
A seleção dos EUA é a maior campeã da Copa do Mundo de Futebol Feminino
Reconhecimento de valor
O reconhecimento do talento feminino com a bola se reflete nos recursos financeiros envolvidos. A premiação total desta edição será de 110 milhões de dólares (527,3 milhões de reais na cotação atual). Segundo a Fifa, o valor é 300% maior do que em 2019 e dez vezes maior do que em 2015.
Ainda assim, a quantia é muito menor do que o prêmio do mundial masculino, que, na última edição, foi de 440 milhões de dólares (2,10 bilhões de reais). Pela primeira vez, as atletas receberão prêmios individuais. São 48,9 milhões de dólares (234,2 milhões de reais) a serem distribuídos entre as jogadoras (veja na tabela ao lado). Já a seleção campeã, além da taça, leva para casa 4,3 milhões de dólares (20,6 milhões de reais). “O valor do dinheiro está em tudo o que integra o futebol: prêmios, salários, patrocínio, marca, investimento e no que o esporte significa para a sociedade. Novos valores fazem a roda girar positivamente”, afirma Parreiras.
As mais valiosas do mundo
De acordo com o portal Soccerdonna, especializado em futebol feminino, a seleção da Espanha é a que tem maior valor: 4,17 milhões de euros (21,8 milhões de reais). Sua jogadora Alexia Putellas é a melhor do mundo, segundo a premiação Fifa The Best, e vale cerca de 550 mil euros (2,87 milhões de reais).
O Brasil ocupa a nona posição do ranking, com 1,98 milhão de euros (10,36 milhões de reais). Debinha é a jogadora mais cara do elenco e vale 250 mil euros (1,3 milhão de reais).
Fontes: GE, Valor Econômico, Forbes, O Globo, CNN e ESPN.