É seguro guardar o dinheiro no banco?

26 de outubro de 2022 em Edições Impressas, Nacional
Crédito: Getty Images

No início de outubro, a Real Academia Sueca de Ciências anunciou os vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2022, os norte-americanos Ben Bernanke, Douglas Diamond e Philip Dybvig, que produziram trabalhos fundamentais falando sobre a importância de proteger o sistema financeiro de um colapso. Em outras palavras, eles provaram que a quebra de um banco faz mal para toda economia, por isso, precisa ser evitada.

No Brasil, o mecanismo de proteção do nosso sistema financeiro é o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Se um banco quebrar, a instituição garante que todos os correntistas poderão sacar seu dinheiro até um limite de 250 mil reais. Ou seja, o dinheiro da conta bancária, da poupança e das aplicações não será totalmente perdido.

Isso é necessário porque o sistema financeiro é baseado em confiança. Se houver um boato de que um banco está prestes a quebrar, todos os clientes vão querer sacar o dinheiro imediatamente. No entanto, nenhuma instituição tem em caixa 100% dos valores depositados pelos clientes, porque usa parte dos valores para oferecer empréstimos. “Se um banco quebra, ele gera perda de renda e emprego e desarticula a economia. Daí a importância de haver proteção”, diz Daniel Lima, diretor executivo do FGC.

O FGC tem hoje 3,5 trilhões de reais para garantir a saúde dos bancos brasileiros. O valor vem principalmente das tarifas pagas pelos bancos, que é de um bips (equivalente a um centésimo de 1%, ou 1% dividido por cem) por mês sobre os valores que tem. Então, se o banco tem um valor elegível à proteção de cem reais, vai recolher um centavo para o FGC. É isso que permite dizer que é seguro guardar o dinheiro no banco.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

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