Foto: Getty Images O registro de perdas por furtos no varejo, que inclui lojas, supermercados e hipermercados, vem aumentando. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), o índice de perdas no varejo chegou a 1,57% em 2023, o que representa uma alta de 0,9% sobre 2022. É o maior nível já registrado desde 2016, quando a pesquisa começou a ser feita. O percentual de 1,57% representa um valor de 35 bilhões de reais.
Os furtos respondem por 31,7% desses 35 bilhões de reais, o que equivale a um valor de 11 bilhões de reais. É o maior nível desde 2019, afirma a Abrappe. Segundo o relatório, as perdas por furto só não foram maiores do que as perdas por quebras, que incluem produtos vencidos ou com defeito.
Como acontecem os furtos
De acordo com reportagem divulgada no Valor Econômico, os furtos podem ser feitos por pessoas de dentro ou de fora da empresa. Pode ser um funcionário que desvia mercadoria ou um cliente que esconde itens para passar pelo caixa sem pagar.
Há quem use a tecnologia para dar golpes. Os lojistas têm reclamado de pessoas que fraudam o uso do Pix nos furtos, apresentando um comprovante falso na hora do pagamento ou fazendo a transferência para um destinatário diferente.
Especialistas acreditam que o aumento tem a ver com a redução dos investimentos em segurança no período pós-pandemia. Com a necessidade dos varejistas de cortar custos em consequência da redução nas vendas e dos juros altos, uma das áreas afetadas foi justamente a de segurança.
Fonte: Valor Econômico.
