
Após o chamado Dia da Libertação (2/4) — data em que Donald Trump anunciou as primeiras tarifas contra produtos de outros países — uma nova preocupação tomou conta dos norte-americanos, principalmente dos fãs de iPhone: a possível alta nos preços de produtos da Apple, fabricante do aparelho.
A possibilidade de reajuste levou centenas de consumidores às lojas da Apple espalhadas pelos Estados Unidos (EUA). Atualmente, a maior parte da produção dos smartphones é feita na China, país que foi alvo de uma tarifa de 125%. Segundo funcionários da Apple, o movimento não alcançou o fluxo visto em lançamentos, mas foi semelhante ao registrado antes das festas de fim de ano.
Estratégias da Apple
Diante das possíveis novas tarifas, a empresa já vinha adotando medidas para reduzir os impactos nos custos de produção desde o início de 2025.
Nos últimos meses, a companhia transferiu parte da produção de iPhones para o Vietnã e a Índia, países até o momento menos afetados pelas tarifas — 46% e 26%, respectivamente.
Em março, a companhia fretou aviões de carga e antecipou o envio de cerca de 1,5 milhão de iPhones e outros itens da marca da Índia para os EUA, antes do início da taxação. Foram cinco aeronaves transportando os produtos em apenas três dias, antes de a tarifa entrar em vigor, em 5 de abril.
Segundo especialistas, a princípio, a Apple deve evitar repassar os custos aos consumidores e, como alternativa, pode optar por pressionar fornecedores e reduzir suas margens de lucro.
Ainda assim, desde o anúncio das novas tarifas, as ações da Apple despencaram. Em apenas dois pregões, a empresa perdeu mais de 500 bilhões de dólares em valor de mercado (em torno de 2,9 trilhões de reais), registrando a pior queda em três dias desde 2001.
Até o momento, a companhia não se pronunciou oficialmente. A expectativa é de que o CEO da Apple, Tim Cook, comente os possíveis impactos das tarifas e as medidas adotadas pela empresa durante a próxima divulgação de resultados, que será em 1º de maio.
Fonte: InfoMoney e Exame.