As manchetes acima são de diferentes publicações. É muito comum se deparar no noticiário econômico com menções a esse tal mercado, que às vezes está de mau humor e em outras se anima, puxando para cima os indicadores econômicos. Mas o que de fato é o mercado? É uma pessoa, uma entidade, uma instituição?
“Quando as reportagens e os especialistas falam sobre o mercado, eles estão se referindo ao mercado financeiro, que engloba um grupo de vendedores e compradores que se reúnem para fazer transações”, diz Marcos Milan, professor da FIA Business School.
Fazendo uma analogia, podemos compará-lo com uma feira livre, na qual bancos, corretoras e fundos são os feirantes, e investidores, os compradores.
Reações positivas e negativas
Mesmo não havendo uma instituição única que represente o mercado, as movimentações costumam respeitar uma lógica que permite essa leitura da temperatura e do humor geral dos investidores. É por isso que os veículos de comunicação sempre olham para o mercado para entender se alguma declaração feita publicamente (por alguém do governo, por exemplo) ou algum fato (como uma alta da taxa de inflação) foi encarado como positivo ou negativo.
“Esse reagir mal ou reagir bem que costumamos ver nas notícias vem de uma expectativa de como a economia real vai se comportar a partir dos acontecimentos”, explica Milan.
Entendendo o sobe e desce
Visão sobre futuro
Além das reações imediatas, o mercado costuma ter expectativas, boas ou ruins referentes ao futuro. Essa visão de longo prazo é captada pelo Banco Central do Brasil (BCB). Todas as semanas, o BCB consulta instituições financeiras, gestoras de recursos e corretoras, além de consultorias e outras empresas não financeiras, para saber as expectativas sobre os indicadores econômicos para os próximos dois anos — são as chamadas projeções.
Hoje, 172 instituições informam suas projeções. Entre os dados analisados estão inflação, Produto Interno Bruto (PIB), dólar e Taxa Selic (juros), e uma média para cada indicador é calculada.
As informações coletadas são divulgadas todas as segundas-feiras no chamado Boletim Focus, que serve de bússola para entender se a expectativa para a economia brasileira é positiva ou negativa.
Fonte: Banco Central do Brasil.