A Argentina fechou o primeiro trimestre registrando uma queda de 5,1% no Produto Interno Bruto (PIB) em comparação com o mesmo período de 2023. Entre os meses de outubro e dezembro, o país já tinha apresentado uma redução de 1,6% na comparação com o mesmo período de 2022. Os números foram divulgados no dia 24 de junho, pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), órgão argentino.
Após esses dois trimestres consecutivos de queda no PIB, a Argentina entrou na chamada recessão técnica. Esse termo é usado para descrever uma situação econômica em que a economia de um país desacelera durante seis meses. Pode ser considerado um sinalizador inicial de problemas econômicos, que devem ser avaliados pelos gestores públicos.
No caso portenho, essa diminuição da atividade econômica aconteceu após as mudanças que vêm sendo realizadas pelo presidente Javier Milei. Ele vem promovendo cortes de gastos com o intuito de organizar as finanças do país e reduzir o déficit fiscal. Com isso, salários foram cortados, o que levou a uma queda no consumo e na atividade produtiva.
Recessão técnica é o mesmo que recessão?
A recessão técnica, no entanto, é diferente da recessão de fato, que é quando a economia de uma nação experimenta uma desaceleração econômica que vai além dos resultados numéricos do PIB.
Para se constatar que um país enfrenta uma recessão de fato, é preciso analisar o comportamento de diversos setores da economia, a situação do mercado de trabalho e a produção industrial, entre outros fatores.
Enquanto a recessão técnica é simples e objetiva, definida quantitativamente, com dois trimestres de queda no PIB, a recessão de fato avalia o impacto social e econômico mais amplo e considera uma variedade de indicadores.
Diferentemente da recessão técnica, a recessão de fato leva em conta a profundidade, a duração e os impactos sociais e econômicos mais abrangentes da contração econômica.
Fonte: Valor Econômico.