Foto: Getty Images O apagão cibernético causado por um erro de atualização de um dos serviços da CrowdStrike no dia 19 de julho gerou prejuízo de 9 bilhões de dólares (50 bilhões de reais) para a empresa até o momento.
+ Apagão cibernético global afeta serviços digitais ao redor do mundo
Segundo especialistas, esta pode ser a maior interrupção de tecnologia da informação (TI) da história. O incidente gerou impactos em diversos serviços financeiros, de saúde, transporte e mídia pelo mundo. Não há valores oficiais, mas estima-se que o prejuízo global ultrapasse um bilhão de dólares (5,5 bilhões de reais), considerando eventos semelhantes anteriores. Companhias aéreas devem ser as maiores prejudicadas financeiramente, em razão de cancelamento e atrasos nos voos, mão de obra e combustível gastos.
Enquanto estuda as causas do problema, a companhia acompanha o valor de suas ações na Bolsa de Valores de Nova York despencar. No dia do apagão, houve uma queda de 11%. Antes avaliada em 83 bilhões de dólares (461,9 bilhões de reais), no dia 19 de julho, a CrowdStrike teve o valor rebaixado para 74 bilhões (411,9 bilhões de reais). No dia 20, as ações seguiram em queda, alcançado 12% de baixa, a maior em seis meses.
Enquanto isso, as concorrentes ganham espaço e maior valor de mercado. As ações da SentinelOne subiram 10%, atingindo a maior alta em quatro meses. Palo Alto Networks e ZScaler, empresas do setor, subiram 0,2% cada.
A Microsoft, que utiliza a ferramenta que gerou o apagão, foi desvalorizada em 0,74% — uma queda de 24,2 bilhões de dólares (134,7 bilhões de reais), após o incidente. A empresa afirma que cerca de 8,5 milhões de máquinas, aproximadamente 1% do total dos dispositivos Windows do mundo, foram afetadas.
Ainda há impactos
Um dia após o incidente, parte dos serviços voltou à normalidade, mas os prejuízos e a insatisfação dos clientes preocupam as empresas. Especialistas afirmam que a volta integral de todos os serviços pode demorar dias ou semanas. Até o momento, a CrowdStrike se desculpou pelo ocorrido, mas não mencionou medidas ou possibilidades de indenização.
Nos Estados Unidos, a companhia aérea Delta Air Lines segue cancelando parte dos voos. No dia 21 de julho, mais de 1.300 foram cancelados e, no dia 22, foram 600, segundo o site de rastreamento de voos FlightAware. A companhia afirma que está trabalhando para normalizar a operação.
Fontes: Microsoft, CNN, Folha de S.Paulo e InfoMoney.
