A Índia se tornou o primeiro país a pousar no polo sul da Lua. O módulo construído e lançado pela agência espacial da nação, Indian Space Research Organisation (Isro, na sigla em inglês), tocou o solo da área inexplorada no dia 23 de agosto. Em suas primeiras expedições, a sonda confirmou a existência de oxigênio no solo.
O local onde aconteceu o pouso tem um terreno com muitas crateras e encostas íngremes. É uma área que recebe pouca luz solar, por isso os cientistas imaginam que há gelo por ali, o que a Índia pretende investigar.
Outros países, como a Rússia, já haviam tentado pousar, sem sucesso. O feito da Índia se torna ainda mais interessante se considerados os baixos custos da missão. Sua primeira missão, em 2008, custou 79 milhões de dólares (em torno de 387 milhões de reais) e detectou água na superfície lunar. A segunda, que custou o dobro, falhou. Desde então, a ordem é gastar pouco e ser eficiente.
A Chandrayaan-3, que pousou no polo sul, custou 80 milhões de dólares (392 milhões de reais). Os engenheiros reutilizaram peças anteriores, como o satélite da Chandrayaan-2, responsável pela comunicação com a Terra. Além disso, o foguete usado para o lançamento do módulo é de menor potência, portanto, mais barato. Foram 39 dias de viagem. “Demoramos para chegar, mas essa é a maneira mais econômica de viajar para a Lua”, afirmou K. Sivan, cientista indiano à BBC.
Fontes: BBC e G1.
