Apitou o árbitro, e começou a maior Copa do Mundo de Futebol Feminino da história. A cerimônia de abertura foi no dia 20 de julho, no estádio Eden Park, na Nova Zelândia, um dos países-sede, ao lado da Austrália.
Logo após a cerimônia, houve o primeiro jogo da competição, entre Nova Zelândia e Noruega, com vitória do time local por 1 a 0. A seleção brasileira estreia na competição no dia 24 de julho, às 8h no Brasil, contra a equipe do Panamá.
A Copa do Mundo vai até o dia 20 de agosto e passará por nove cidades da Nova Zelândia e Austrália. Pela primeira vez, o campeonato ocorre em dois países — e as novidades não param por aí. Este é o maior mundial feminino da modalidade, com 32 seleções, oito a mais do que em 2019, e milhares de torcedores que já compraram ingressos e vão lotar os estádios, como poucas vezes visto antes.
Histórico do Mundial Feminino
Ano | Seleção Campeã |
1991 | Estados Unidos |
1995 | Noruega |
1999 | Estados Unidos |
2003 | Alemanha |
2007 | Alemanha |
2011 | Japão |
2015 | Estados Unidos |
2019 | Estados Unidos |
Recorde de público e marcas
A expectativa da Federação Internacional de Futebol (Fifa) é de recorde de público nos estádios, em virtude do crescimento e popularização do futebol feminino.
Fatma Samoura, secretária-geral da Fifa, afirmou que os mais de um milhão de ingressos vendidos já superam o total da Copa da França, em 2019. Ainda há entradas disponíveis para todos os jogos.
No Brasil, a SporTV exibirá todas as disputas na TV por assinatura e a Globo, jogos com exclusividade para a TV aberta. Manzar Feres, diretora de negócios integrados em publicidade da Globo, afirma que a emissora bateu recorde comercial para as transmissões, vendendo 19 cotas de publicidade, negociadas com 11 marcas diferentes.
De longe, mas de olho
Com o início da Copa, o interesse no futebol feminino cresceu. No TikTok, as visualizações da hashtag #FutebolFeminino bateram 1,6 bilhão, enquanto as de #WomensFootball alcançaram 3,7 bilhões.
No Brasil, o governo federal decretou ponto facultativo para funcionários de órgãos públicos nos dias de jogos do Brasil. As empresas privadas que desejarem também podem liberar os colaboradores durante as partidas.
Inflação no álbum da Copa
Quem decidiu colecionar as imagens das jogadoras no álbum da Copa do Mundo de Futebol Feminino 2023 precisou desembolsar um valor maior este ano.
O álbum vem com 80 páginas e 580 figurinhas. Nas bancas, o modelo de capa dura é vendido por 52 reais; já a versão tradicional custa 15 reais, valor 25% maior do que o cobrado pelo álbum da Copa do Mundo de Futebol Masculino 2022. O pacote com cinco figurinhas custa 4 reais.
Para completar todo o álbum, o colecionador deverá gastar, no mínimo, 479 reais.
O prêmio das jogadoras
Em 2023, a premiação da Copa do Mundo será de 110 milhões de dólares (525,7 milhões de reais na cotação atual), valor 300% maior do que o oferecido em 2019 e dez vezes maior do que em 2015.
Ao anunciar a quantia, Gianni Infantino, presidente da Fifa, afirmou que esse é um dos primeiros passos para conquistar a igualdade salarial entre o futebol masculino e feminino.
A seleção campeã receberá 16 milhões de dólares (76,4 milhões de reais). Mesmo com o prêmio final, pela primeira vez, todas as jogadoras presentes no mundial receberão uma quantia individual. O valor varia de acordo com o desempenho do time. Cerca de 30 mil dólares (143,3 mil reais) para as eliminadas na primeira fase e 270 mil dólares (1,2 milhão de reais) para as jogadoras do time campeão.
Portanto, do valor total, cerca de 61,3 milhões de dólares (291,5 milhões de reais) irão para os clubes e 49 milhões de dólares (234,1 milhões de reais) às jogadoras.
Fontes: Valor Econômico, CNN, Terra, Forbes e ESPN.