A Copa do Mundo 2022, no Catar, terminou, em 19 de dezembro, com vitória da Argentina. Liderada por Lionel Messi, a equipe dos hermanos empatou com a França em 3 x 3 na prorrogação, mas levou a melhor na cobrança dos pênaltis.
Além de comemorar o título, os nossos vizinhos têm outro motivo para celebrar: a expectativa de melhora da economia. Segundo um estudo do pesquisador Marco Mello, da Universidade de Surrey, no Reino Unido, a conquista da Copa tende a ajudar o país vencedor a aumentar em 0,25 ponto percentual o PIB (Produto Interno Bruto) da nação.
Para chegar a esta conclusão, Mello levantou os resultados do PIB das seleções vencedoras da Copa do Mundo desde 1961 (para países que já tinham séries históricas detalhadas para o cálculo da economia nacional). No caso do Brasil, essa série começou em 1996.
Apresentado pelo jornal Valor Econômico, o estudo mostra que vencer a Copa do Mundo leva a um aumento estatisticamente significativo do PIB nos dois trimestres logo após a vitória. As estimativas conservadoras apontam para a alta de 0,25 ponto percentual quando o desempenho da economia é comparado com períodos em que o país não venceu a competição. Este aumento estaria ligado ao crescimento das exportações, ou seja, das vendas de produtos para o exterior.
Segundo o site do canal alemão Deutsche Welle, em 1994, o Brasil registrou um crescimento maior do Produto Interno Bruto. O mesmo ocorreu em 2002. Em 1998, quando a França conquistou a primeira Copa do Mundo, a economia do país, que também sediou o evento, cresceu 3,6% – mais do que em 1997 e 1999. Os franceses voltaram a vencer em 2018, mas dessa vez o crescimento do PIB caiu de 2,3% para 1,9% em comparação com o ano anterior. E a Alemanha pôde comemorar o crescimento da economia após a vitória em 2014.
Boa notícia para a Argentina
O título mundial chega em um momento conturbado para a economia argentina, com inflação próxima de 100%, aumento das dívidas e desigualdades sociais. Meio milhão de argentinos que pertenciam à classe média desceram de classe social, fazendo a taxa de pobreza chegar a 40% da população. A torcida agora é para que a tese do estudo se confirme também em 2022.