
Na última semana, o Google foi condenado nos Estados Unidos (EUA) por manter um monopólio ilegal no mercado de publicidade digital. A decisão, tomada por uma juíza federal da Virgínia, pode obrigar a empresa a mudar o modelo de negócio e até vender partes da operação de anúncios. Mas o que isso significa exatamente? E por que importa?
Começando do começo, o que é monopólio?
Um monopólio acontece quando uma empresa domina completamente um mercado, a ponto de eliminar a concorrência. Isso pode parecer vantajoso para a companhia, mas é ruim para todo mundo: outras empresas têm dificuldade de competir, os preços podem subir e os consumidores ficam com menos opções, reféns de apenas um fornecedor de serviço.
Ter um monopólio, por si só, não é sempre ilegal. Mas, quando uma empresa usa seu poder para dificultar a vida de concorrentes de forma injusta, pode estar violando as chamadas leis antitruste, criadas para garantir que o mercado funcione de maneira justa e competitiva.
O que o Google fez
Segundo o tribunal norte-americano, o Google juntou dois serviços importantes de publicidade on-line que controlava: um para os sites que querem vender espaço publicitário (como jornais e blogs) e outro que organiza leilões para anunciantes. Isso deu à empresa um controle gigantesco sobre todo o processo, tirando a chance dos concorrentes de entrar no jogo.
Além disso, a juíza afirmou que o Google forçava os clientes a usar vários de seus serviços ao mesmo tempo, o que dificultava a entrada de empresas menores e prejudicava o mercado como um todo.
Resultado? Menos competição, menos inovação e, no fim, pior qualidade e mais custos para quem usa a internet.
O que pode acontecer agora
A Justiça ainda vai decidir como resolver o problema. Uma das possibilidades é obrigar o Google a vender parte da operação de anúncios. Isso seria uma tentativa de quebrar o monopólio e reequilibrar o mercado.
Fonte: InfoMoney.