
O Vaticano anunciou, na manhã de 21 de abril, a morte do papa Francisco. O pontífice faleceu aos 88 anos e ficou 12 anos na liderança da Igreja Católica.
Quem foi o papa Francisco?
Jorge Mario Bergoglio, nome de batismo do papa, nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 17 de dezembro de 1936. Ele foi o primeiro papa latino-americano, o primeiro jesuíta e o primeiro não europeu em mais de 1.200 anos a ocupar a posição.
Francisco se destacou pela humildade e pelo compromisso com os pobres e marginalizados. Ele também foi um defensor do diálogo inter-religioso e da ação contra as mudanças climáticas.
Como líder da Igreja Católica, ele marcou por sua abordagem menos formal ao papado e por promover uma igreja mais aberta e acolhedora. Era também chefe de Estado do Vaticano, uma monarquia absolutista sempre liderada pelo papa.
Como ficam a igreja e o Vaticano agora?
Com a morte do pontífice, a liderança do Vaticano é assumida temporariamente pelo Colégio Cardinalício — um grupo de cardeais — que passa a desempenhar as funções de Estado e governo, sob a autoridade do camerlengo, que é uma espécie de assessor direto do papa. Desde 2019, essa função é exercida por Kevin Joseph Farrell, irlandês naturalizado norte-americano, nomeado pelo papa Francisco.
Durante o período de vacância do papado, cabe ao camerlengo administrar os bens da Santa Sé e organizar o cronograma preparatório para o conclave, que é a reunião para escolher o novo papa.
O processo envolve até 120 cardeais com menos de 80 anos, que se reúnem na Capela Sistina para votar. Para ser eleito, o candidato precisa receber dois terços dos votos. O anúncio da escolha é tradicionalmente feito por meio da fumaça branca que sai da chaminé da Capela Sistina. Esse processo histórico marca o início de uma nova era para a Igreja Católica.
Fontes: Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Estadão.