No dia 1º de outubro, o Irã atacou o território de Israel, iniciando uma nova frente de batalha no Oriente Médio. “A tão temida guerra mais ampla está aqui”, escreveu o jornalista David E. Sanger, no jornal The New York Times. A resposta israelense ao ataque aconteceu semanas depois, quando alvos militares em território iraniano foram atingidos.
A guerra começou há cerca de um ano, depois que o grupo terrorista Hamas atacou Israel. A ação iraniana acendeu um alerta vermelho à economia mundial. A escalada das tensões entre os dois países, os mais armados da região, pode impactar o preço do petróleo e afetar o mercado global.
“O principal canal de transmissão desse conflito é a produção de petróleo por parte do Irã”, explica Alexandre Pires, professor de relações internacionais e economia do Ibmec SP. “Embora a Arábia Saudita possa aumentar a produção para suprir uma eventual queda na oferta iraniana, não sabemos se fará isso.”
O Irã é responsável por 4% da produção global de petróleo e ocupa uma posição estratégica no mercado energético. Além da própria produção, o país controla o Estreito de Ormuz, em que a faixa navegável para embarcações é de apenas 10 quilômetros de largura. Por aí passa um terço de todo o petróleo transportado mundialmente — cerca de 15 milhões de barris por dia.
As implicações para o Brasil
Para o Brasil, os principais riscos estão relacionados à pressão inflacionária e cambial. Um aumento prolongado no preço do petróleo elevaria os custos de energia e transporte, pressionando a inflação. Além disso, a tensão geopolítica tenderia a aumentar o valor do dólar.
Fontes: Forbes e The New York Times.