É comum encontrar nos jornais e sites, manchetes que se referem ao Ibovespa, ao S&P 500 ou ao Dow Jones. Mas nem todos sabem o que essas nomenclaturas significam. Elas são nomes de índices de ações. Esses índices são como cestas que incluem ações de diferentes empresas. No caso do Ibovespa, as ações incluídas são as mais negociadas na B3, a bolsas de valores brasileira.
Justamente por ter uma grande variedade de ativos (ações), o Ibovespa é usado como um medidor do desempenho da bolsa. Se o Ibovespa sobe, pode-se dizer que a B3 subiu. Da mesma forma, uma queda significa que o mercado de ações brasileiro caiu. “Imagina quando você vai no mercado e tem várias coisas para você comprar. O índice seleciona tudo que teoricamente é mais comprado e coloca um carrinho pré-pronto, justamente para medir a dinâmica do mercado.”, diz Henio Scheidt, gerente de Índices da B3.
A formação de um índice segue uma metodologia específica, uma espécie de receita de bolo. No caso do Ibovespa, a metodologia seleciona ações que atendem a critérios como negociação frequente (em pelo menos 95% dos dias de um ano) e volume mínimo de transações. Esses filtros garantem que os ativos incluídos no índice sejam representativos e tenham liquidez suficiente para refletir o movimento do mercado.
A cada quatro meses, a lista é revista para confirmar se todas as ações seguem atendendo os pré-requisitos. Se for necessário, há a troca de empresas compondo o índice.
O Ibovespa é focado nas ações mais negociadas, mas há outros tipos como o IDIV, o Índice Dividendos, que se concentra em empresas que historicamente pagam bons dividendos, ou o ISE, Índice de Sustentabilidade Empresarial, que reúne empresas que adotam práticas sustentáveis. Cada índice é construído com base em critérios específicos.
Esses índices são relacionados a ações, mas também há outros baseados em diferentes investimentos, como os índices de fundo de investimento imobiliário.
Como investir
Uma forma comum de investir em índices é através de Exchange-Traded Funds (ETFs), ou fundos de índice. Esses ETFs permitem que o investidor compre uma cota que representa uma fatia de todos os ativos incluídos no índice, como o Ibovespa, sem precisar adquirir cada ativo individualmente.
Os ETFs são negociados na bolsa de valores e funcionam de forma semelhante a uma ação. Isso torna o processo de investimento em índices mais acessível, permitindo que o investidor acompanhe o desempenho do mercado sem precisar fazer dezenas de transações.
Algumas vantagens do investimento em ETFs de índices de ações:
Diversificação – investir em índices é uma maneira de diversificar seus investimentos e reduzir o risco de concentrar recursos em apenas uma empresa.
Acompanhamento – os ETFs permitem que o investidor veja o preço em tempo real e, assim, consiga acompanhar seus investimentos.
Revisão periódica – os índices são periodicamente ajustados, assim o investidor não precisa se preocupar com a gestão dos ativos, já que o ETF cuida disso automaticamente, seguindo o índice escolhido.
Taxa de administração – o valor da taxa administrativa para investir em índices é bastante atrativo.
Que ações fazem parte do Ibovespa? Para fazer parte do índice mais conhecido da B3, as ações precisam atender alguns pré-requisitos: – Liquidez: deve estar entre as mais negociadas na B3 nos últimos 12 meses, sendo negociada em pelo menos 95% dos pregões (sessões de negociação) ocorridos no período de análise. – Participação no volume financeiro: ações elegíveis devem estar entre as que, juntas, representam 85% do volume financeiro total de negociação |