O governo federal lançou, em 24 de julho, o programa Voa Brasil, que oferece passagens aéreas de até 200 reais para os participantes. A iniciativa pretende democratizar e facilitar o acesso ao transporte aéreo brasileiro, principalmente àqueles que não o utilizam.
Após diversos adiamentos, o lançamento foi realizado na sede do Ministério de Portos e Aeroportos, em Brasília.
A primeira fase do programa é destinada a mais de 23 milhões de aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses. Não há restrição de renda. Cada beneficiado terá direito a dois bilhetes por ano, ou seja, ida e volta.
“Atualmente, apenas 2% da ocupação das aeronaves brasileiras é de passageiros de mais de 65 anos. A nossa intenção é fazer com que essas pessoas voltem a viajar ou façam a sua primeira viagem de avião”, afirma Tomé Franca, secretário nacional de aviação civil.
A expectativa é de que na segunda fase, ainda sem data de início, os alunos do Programa Universidade Para Todos (Prouni), cerca de 700 mil pessoas, tenham acesso a passagens mais baratas.
Como funcionará
O site do programa é uma plataforma de busca de voos. Para acessá-lo, é preciso conectar a conta gov.br, nível prata ou ouro.
Ao conectar a conta, o próprio site faz uma análise do perfil e o compara com os requisitos do Voa Brasil. Se a pessoa é aposentada e não viajou no último ano, o perfil é aprovado e o site direciona o comprador para a página da companhia, em que será feito o pagamento, sem qualquer participação financeira do governo. Se o perfil for negado, há um aviso na tela afirmando que o usuário não faz parte do público do programa.
A compra deve ser feita com antecedência e para voos durante o período de baixa temporada.
E quem vai pagar por isso?
Segundo Tomé Franca, as companhias aéreas Azul, GOL, Latam e Voepass, voluntariamente se comprometeram a oferecer cerca de 3 milhões de passagens em um ano. Os trechos ofertados dependerão das ofertas de cada uma delas e não terão qualquer quantia ou desconto do governo.
Atualmente, as aeronaves voam com 18% a 21% dos assentos vagos. Esses são os lugares oferecidos no programa, principalmente em voos de baixa procura.
Fontes: Ministério de Portos e Aeroportos, CartaCapital e Correio Braziliense.