No dia 22 de maio, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, convocou a imprensa para anunciar a dissolução do parlamento em 30 de maio. Isso significa que, em até 25 dias úteis, o país realizará novas eleições e escolherá os 650 membros do novo parlamento.
Diferentemente do Brasil, que tem um sistema presidencialista e os eleitores vão às urnas para escolher o presidente, no Reino Unido, que é parlamentarista, os cidadãos votam nos candidatos a membro do parlamento do seu distrito. O partido que eleger o maior número de parlamentares ganha a cadeira de primeiro-ministro, que é sempre ocupada pelo líder do partido.
O Reino Unido tem dois principais partidos: o Conservador, hoje no poder, e o Trabalhista. Os vencedores da eleição poderão ficar no máximo cinco anos no parlamento. Mas o premiê tem poder para dissolver o parlamento e convocar novo pleito a qualquer momento, desde que receba autorização do rei.
Queda da inflação atrai votos
A decisão de Sunak, do Partido Conservador, surpreendeu o país, que tinha eleições marcadas em janeiro de 2025. Analistas políticos afirmam que ele antecipou a data numa tentativa de diminuir os prejuízos para seu partido.
Apesar de as pesquisas apontarem uma vantagem atual de 20 pontos para o Partido Trabalhista, Sunak acredita que o recente anúncio de queda da inflação pode ser uma maneira de atrair votos. Se nos próximos meses a situação econômica piorar, a vantagem do Partido Trabalhista pode ficar ainda maior. Ou seja, ele prefere perder por pontos, e não por nocaute.
O Partido Conservador está no poder desde 2010, quando David Cameron assumiu. De lá para cá, já passaram pela cadeira Theresa May, Boris Johnson, Liz Truss e Rishi Sunak.
Se nas eleições de 4 de julho os conservadores conseguirem a vitória, Sunak permanece no posto. Se os trabalhistas vencerem, o novo premiê será Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista.
Fonte: The New York Times.