Após receber 119 votos, o Brasil sediará a próxima edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino, em 2027. O país é o primeiro da América do Sul a realizar o evento esportivo. A decisão foi anunciada durante o 74º Congresso da Federação Internacional de Futebol (Fifa), em Bangcoc, na Tailândia. De forma inédita, a escolha foi feita por meio de votação aberta. A candidatura conjunta de Alemanha, Bélgica e Países Baixos recebeu 78 votos.
A Copa do Mundo de Futebol Feminino 2027 será entre os dias 24 de junho e 25 de julho de 2027, com abertura e encerramento no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro. As 64 partidas serão distribuídas por dez cidades brasileiras.
A competição passa por um crescimento de público, seleções participantes e patrocínio — todas as cotas do mundial de 2023, realizado conjuntamente na Austrália e Nova Zelândia, foram vendidas. Cerca de 2 milhões de pessoas estiveram nos estádios e 2 bilhões acompanharam as partidas a distância, fazendo da edição a maior Copa do Mundo de Futebol Feminino da história.
Com base no sucesso e no 1,32 bilhão de dólares australianos (cerca de 4,5 bilhões de reais) movimentado no evento em 2023, especialistas esperam forte impacto na economia brasileira em 2027. Segundo o site Inteligência Financeira, a expectativa é de que o evento movimente 1,5 bilhão de reais. Os valores devem ser projetados oficialmente em breve.
A Austrália investiu 398 milhões de dólares australianos (1,3 bilhão de reais) para realizar o evento e receber mais de 90 mil turistas. Um dos legados da competição foi o incentivo à população da prática de atividades físicas, o que levou a uma economia de 324 milhões de dólares australianos (1,1 bilhão de reais) em custos de saúde.
O Brasil não investirá em novos estádios, visto que usará as arenas construídas para a Copa do Mundo de Futebol Masculino, realizada em 2014. A infraestrutura foi um diferencial para a escolha do país-sede, segundo a Fifa.
Fontes: Fifa, Museu do Futebol, Inteligência Financeira e Lance!