É a regra: a cada quatro anos, é realizado um halving do bitcoin, que diminui pela metade a recompensa paga para cada bloco descoberto pelos mineradores. Com isso, o blockchain agora está emitindo 3,125 BTCs para cada bloco, e não mais 6,25, como vinha acontecendo.
Considerando um bitcoin a 64 mil dólares, valor aproximado em que foi predominantemente negociado no dia 19 de abril, o minerador que encontrar um novo bloco receberá 200 mil dólares ou 1,05 milhão de dólares.
Com o evento, a expectativa é de que a rentabilidade caia num primeiro momento, mas esse efeito deve ser temporário. Se a tendência de comportamento do bitcoin permanecer a mesma, um novo ciclo de valorização está por vir. Em 2016, o BTC valia 664 dólares no dia do halving e disparou para 17.760 dólares no fim do ciclo. Já em 2020, a criptomoeda explodiu de 9.734 dólares para 67.549 dólares nos meses seguintes à redução da oferta.
O que é o halving?
O halving é um mecanismo previsto no paper do Satoshi Nakamoto, que criou o bitcoin. Ele determina que a cada 210 mil blocos minerados (o que acontece aproximadamente a cada quatro anos), o pagamento pela mineração seja reduzido pela metade.
Esse procedimento existe para controlar a inflação e garantir que o fornecimento total de bitcoins nunca ultrapassará 21 milhões de unidades. Com a redução na recompensa dos mineradores, a taxa de emissão de novos bitcoins diminui, o que, por sua vez, pode impactar a oferta e a demanda.
O halving não afeta apenas os investidores e o mercado, como também os mineradores. A remuneração diminuída pode levar a uma consolidação do setor, com mineradores menores saindo do mercado ou sendo adquiridos por empresas maiores. Por outro lado, mineradores mais eficientes e com mais capacidade de escala podem se beneficiar do evento.
Fontes: Money Times e Valor Econômico.