Nosso desenvolvimento humano piorou

País cai duas posições no ranking, que inclui 193 nações. Expectativa de escolaridade foi a única dimensão que não melhorou no último ano
9 de abril de 2024 em Edições Impressas, Nacional

Fonte: Pnud.

Ter dinheiro não basta para um país ser considerado desenvolvido. Além de suas riquezas, uma nação precisa garantir que haja distribuição igualitária entre os cidadãos e que todos tenham acesso a uma vida digna, o que engloba saúde, educação e renda.

O indicador que mede a qualidade de vida da população é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), publicado anualmente pelo Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento (Pnud).

O IDH reflete o nível de educação, a longevidade e a renda da população. Em março, foram divulgados os números referentes aos anos de 2023-2024, que têm como base dados de 2022.

De modo geral, o Brasil melhorou, mas não na mesma velocidade que outras nações. Com isso, perdeu duas posições no ranking global, que compara 193 países. Caímos da 87ª para a 89ª posição.

O IDH varia de 0 a 1, e quanto mais próximo de 1 é o valor, mais desenvolvido é o país. O índice do Brasil está em 0,760, contra 0,754 da classificação anterior. O primeiro colocado do ranking é a Suíça, com IDH de 0,967. Em seguida estão Noruega (0,966) e Islândia (0,959). No extremo oposto, com os menores índices, estão Somália (0,380), Sudão do Sul (0,381) e República Centro-Africana (0,387).

Onde o Brasil perdeu?

O que mais prejudicou o desenvolvimento do Brasil foi a educação, único indicador que não registrou melhora em 2022. Um dos pontos avaliados no índice, a expectativa de escolaridade recuou de 15,59 para 15,58 anos. Esse aspecto considera a estimativa dos anos de estudo da população. O resultado ainda é reflexo da pandemia.

A renda per capita, que é a riqueza total de um país dividida pelo número de habitantes, subiu de 14.369,88 dólares para 14.615,89 dólares. Esses números mostram que, apesar de o Brasil ser um país rico, a distribuição da renda ainda não é feita de modo igualitário. Ainda temos um longo caminho para garantir a qualidade de vida de toda a população.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

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