Foto: Getty Images Em 2024, o Brasil já registrou 1.318.336 casos prováveis de dengue, 68.781 de chikungunya e 1.318 de zika. Juntas, as três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti somam 1.388.435 casos prováveis nos três primeiros meses do ano. Em 2023, o número total foi de 1.821.208. A ascensão de infectados, além de afetar a saúde dos brasileiros, trará consequências para a economia do país.
As doenças transmitidas pelo mosquito devem retirar 20,3 bilhões de reais dos cofres brasileiros, segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Com a perda de produtividade dos trabalhadores infectados, o Brasil pode ter uma queda de 15,1 bilhões de reais no Produto Interno Bruto (PIB). Já os custos para o tratamento (consultas, exames e remédios) das doenças chegariam a 5,2 bilhões de reais. O cálculo foi baseado na estimativa de 4,2 milhões de infectados em 2024, divulgado pelo Ministério da Saúde.
Segundo João Gabriel Pio, economista-chefe da Fiemg, é importante considerar o período de afastamento dos trabalhadores com diagnóstico positivo, que chega a sete dias, em média, e o impacto na produtividade das empresas com a ausência dos profissionais. Com o declínio, há menos consumo de insumos, menor produção e, consequentemente, oferta menor de produtos e serviços, o que pode ocasionar queda nas vendas. Essa situação pode gerar uma perda de 214.735 postos de trabalho, comprometendo 3,8 bilhões de reais em massa salarial.
“É urgente a necessidade de políticas públicas eficazes no combate às arboviroses, não apenas para proteger as pessoas, como também para reduzir os efeitos econômicos atrelados a essas doenças”, finaliza Juliana Gagliardi, economista da Fiemg.
Fontes: Ministério da Saúde, Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e Folha de S.Paulo.
