No dia 20 de fevereiro, o governo argentino anunciou um aumento de 30% no valor do salário mínimo do país entre fevereiro e março.
O valor está abaixo dos 85% pedidos pelas câmaras empresariais e pelos sindicatos. Eles defendem que esse é o aumento necessário para compensar os altos índices de inflação, que chega a 254% ao ano. No dia 15 de fevereiro, o governo esteve com os representantes desses órgãos durante o Conselho do Salário Mínimo, mas não houve um acordo entre as partes em relação ao aumento.
Após o anúncio, ficou estabelecido que em fevereiro o salário mínimo argentino será de 180 mil pesos (em torno de 1.007 reais), valor 15% maior do que o atual. Em março, o reajuste chegará a 30%, alcançando 202.800 pesos (1.136 reais).
O último ajuste salarial, que estabeleceu remuneração básica de 156 mil pesos (920 reais), foi feito em dezembro de 2023, com a inflação em 25,5% naquele mês e 20,6% em janeiro.
A Argentina passa por uma crise econômica, batendo recordes de inflação anual e com 57% da população na faixa da pobreza, segundo o Observatório da Dívida Social da Universidade Católica Argentina, divulgado em fevereiro.
Insatisfeitos com o aumento, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) acusa o governo de Javier Milei de dificultar as possibilidades de acordo e planeja uma nova paralisação geral no país. O sindicato ferroviário e outros quatro de professores já organizam uma greve nos próximos dias em busca de novos aumentos.
Fontes: G1 e UOL.