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Em carta aberta, super-ricos pedem — novamente — para pagar mais impostos

Mais de 250 milionários e bilionários, entre eles um brasileiro, assinaram a carta enviada aos líderes presentes no Fórum Econômico Mundial
22 de janeiro de 2024 em Internacional

João Paulo Pacífico, brasileiro e CEO de investimentos de impacto do Grupo Gaia; Valerie Rockefeller, herdeira da dinastia norte-americana do petróleo; o ator Brian Cox; e Abigail Disney, herdeira do grupo Disney, têm duas coisas em comum: os muitos dígitos na conta bancária e o desejo de pagar mais impostos.

Com o objetivo de diminuir a desigualdade extrema, eles e mais 250 milionários e bilionários de 17 países assinaram uma carta aberta, enviada aos governantes e executivos presentes no Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça, entre os dias 15 e 19 de janeiro.

Ao longo da carta os super-ricos fazem um pedido simples: pagar mais impostos. Segundo eles, uma maior taxação não abalaria suas fortunas e seria uma forma de impactar o futuro democrático comum, com mais educação, saúde e infraestrutura para todos.

João Paulo Pacífico é o único brasileiro participante do movimento Proud to Pay More (“orgulho de pagar mais”, em tradução livre). Pacífico é empreendedor do Grupo Gaia, que teve a primeira empresa fundada em 2009. Hoje, ele movimenta mais de 20 bilhões de reais em operações e possui a Gaia+, ONG que promove a educação de habilidades socioemocionais para crianças em vulnerabilidade e professores da rede pública.

Em vídeo publicado no Instagram após assinar a carta, ele defende a taxação aos mais ricos e propõe a implantação de uma renda básica universal. “Todo mundo tem o direito de ter uma renda digna. Você acha justo que 129 milhões de brasileiros tenham ficado mais pobres desde 2020, ao mesmo tempo que quatro dos cinco bilionários mais ricos do Brasil aumentaram sua renda em 51%?”, questiona ele.

Em 2023, uma carta como essa foi entregue durante o Fórum Econômico Mundial. A ausência de resposta foi questionada na abertura do novo pedido. “Estamos surpresos que vocês fracassaram em responder a uma simples pergunta que fazemos há três anos: quando vão taxar a riqueza extrema? Se os representantes eleitos nas principais economias do mundo não adotarem medidas para lidar com o aumento dramático da desigualdade econômica, as consequências continuarão a ser catastróficas para a sociedade”, disseram.

Fontes: Estadão, Grupo Gaia e Proud to Pay More.

 Menina com celular. Foto criada por diana.grytsku - br.freepik.com

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