A ação é a menor parte de uma empresa. Ela pode ser adquirida por qualquer cidadão, que passa a ser sócio minoritário dessa companhia e um investidor no mercado de ações.
O investimento em ações é classificado como de renda variável, já que o retorno varia de acordo com diversos fatores: os resultados financeiros que a empresa apresenta, a confiança do mercado financeiro de que ela irá progredir, o preço da compra, o preço da venda e até a situação econômica do país. É diferente de um investimento de renda fixa, como CDB, no qual já se sabe o valor do retorno no momento da aplicação.
Assim, investir em ações exige muito conhecimento, informação e, o principal, sangue frio para tolerar o sobe e desce dos preços dos papéis.
Como investir
Para investir em ações é necessário ter uma conta aberta em uma corretora de valores, instituição que faz a intermediação entre investidores e o mercado financeiro. A maior parte dos grandes bancos tem a própria corretora, mas também há as que são independentes. Toda corretora oferece aos clientes um home broker, sistema digital no qual é possível dar ordens de compra e venda. Essas transações são feitas por uma bolsa de valores. Aqui no Brasil há a B3, que negocia papéis de mais de 400 companhias.
O retorno
Além de poder ganhar na transação de compra e venda das ações, o investidor pode receber dividendos, que são uma participação nos lucros das empresas. Quando os resultados financeiros da companhia são positivos, ela divide o ganho com todos os acionistas por meio de dividendos. Quanto maior a participação na empresa, maior o valor recebido.
O sobre e desce dos preços
Toda ação tem seu valor na bolsa, que recebe o nome de cotação. O preço sobe e desce de acordo com o interesse dos investidores. Aqui vale também a lei da oferta e da demanda. Quando tem mais gente tentando comprar do que vender, o preço sobe. Para acompanhar o movimento dos papéis, a B3 tem um índice, o Ibovespa, que reúne as ações mais negociadas. Quando ouvimos que a bolsa de valores do Brasil subiu ou caiu, é do Ibovespa que o noticiário está falando.
Na prática: como comprar e vender uma ação
Alerta
Por ser de alta volatilidade, o investimento em ações é arriscado. Por isso só é indicado para pessoas com perfil tolerante. “Se o investidor não gosta de ver seu rendimento caindo, o investimento em ações pode não ser a melhor opção para ele”, diz Júlia Aquino, analista da Rico.
Também é importante encarar esse tipo de aplicação como um investimento de longo prazo. “O ideal é pensar em deixar o dinheiro investido ao menos por cinco anos”, afirma Júlia.
Pergunta para a especialista Menores de idade podem investir em ações? Daniel P., de 14 anos Sim. Basta ter CPF e uma conta em corretora associada a um responsável legal. Júlia Aquino, analista de ações da Rico |